Num movimento contrário à média nacional, em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) na Região Metropolitana de Salvador (RMS) ficou em 0,02%, desacelerando frente à variação de abril (0,11%) e se situando bem abaixo do 1,13% registrado em maio de 2016.
A prévia da inflação na RMS ficou abaixo da média do país (0,24%) e foi a menor dentre as áreas com variações positivas. As regiões metropolitanas de Belém (-0,04%) e Goiânia (-0,22%) registraram deflação, enquanto São Paulo (0,38%) e Recife (0,65%) tiveram as taxas mais altas.
No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 da Região Metropolitana de Salvador está em 3,68%. Também desacelerou em relação à variação acumulada nos 12 meses encerrados em abril (4,84%) e passou a ficar abaixo da média nacional (3,77%).
No ano de 2017, porém, o índice ainda acelera levemente. Ficou em 1,54%, pouco acima do acumulado até abril (1,52%) e se manteve mais alto que a média para o total das áreas pesquisadas (1,46%). Entretanto, o IPCA-15 da RMS neste ano (1,54%) continua num patamar bem abaixo do acumulado de janeiro a maio de 2016 (4,75%).
Saúde volta a ter maior aumento de preços
Dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, seis tiveram aumento de preços em maio, na Região Metropolitana de Salvador. Reproduzindo o cenário nacional, esses aumentos foram liderados mais uma vez por Saúde e cuidados pessoais (0,94%, um pouco acima do 0,86% de abril), fortemente influenciado pelos preços dos medicamentos que aumentaram 2,10%. O aumento dos planos de saúde (1,05%) também foi importante no IPCA-15 do mês.
Em seguida veio o grupo Habitação (0,48%), puxado pela energia elétrica residencial (2,38%), que exerceu a segunda maior influência individual na prévia da inflação em maio, na RMS. Saúde e Habitação foram também os grupos que, nessa ordem, mais puxaram para cima o IPCA-15 do mês em Salvador.
Depois de uma variação negativa de -0,01% em abril, os alimentos voltaram a aumentar um pouco (0,03%) e, por seu peso nas despesas das famílias, também exerceram leve pressão de alta no IPCA-15 de maio.
O destaque ficou com o tomate, que aumentou 20,64% no mês, exercendo a maior influência individual no sentido de puxar o IPCA-15 para cima. Nos primeiros cinco meses de 2017, o tomate já acumula alta de 53,7%.
Grupo Transportes segura IPCA-15 de maio
Com a maior redução de preços entre os grupos de produtos e serviços do IPCA-15 (-0,89%), os Transportes foram a principal influência no sentido de conter a prévia da inflação de maio na RMS.
Os combustíveis (-2,99%) exerceram a principal pressão de baixa nos Transportes. Foram determinantes nessa queda as variações negativas da gasolina (-2,75%) – item que, individualmente, teve a maior influência para baixo no IPCA-15 de maio – e do etanol (-5,11%). As passagens aéreas, com redução de 12,17%, também ajudaram a segurar a prévia da inflação na RM Salvador.