O volume do setor de serviços na Bahia caiu 1,3% em abril de 2017 frente a março, na série com ajuste sazonal. Mesmo mostrando uma redução no ritmo de queda, foi o terceiro recuo consecutivo neste ano, após os resultados de -6,2% de janeiro para fevereiro e de -1,6% de fevereiro para março. Os números foram divulgados hoje pleo IBGE.
O resultado negativo dos serviços baianos em abril seguiu o movimento de queda do setor na grande maioria dos estados (20 dos 27), mas foi em direção contrária ao crescimento de 1% verificado no país como um todo, nessa comparação. De março para abril, o volume dos serviços cresceu mais no Paraná (2,4%), no Rio Grande do Sul (2%) e em São Paulo (2,0%). Por outro lado, os piores resultados estaduais para o setor ocorreram no Rio Grande do Norte (-6,6%), em Rondônia (-6,0%) e em Alagoas (-4,6%).
Os resultados dos serviços na Bahia também são negativos em todas as demais comparações, sempre piores que a média nacional e sem mostrar recuperação, ou seja, sem redução no ritmo de queda.
No confronto com o mesmo mês do ano anterior, o volume dos serviços cai 7,8% em abril, um pouco mais que em março (-7,6%) e bem mais que a média nacional (-5,6%). No ano de 2017, os serviços na Bahia acumulam recuo de 5,2%, aumentando o ritmo de queda em relação ao verificado em março (-4,4%) e caindo mais também que a média do país (-4,9%). No acumulado em 12 meses, o setor no estado repete o resultado de março (-7,6%), frente a uma queda média de 5,0% no país.
O quadro negativo não é, porém, exclusividade baiana. Frente a abril de 2016, dentre os 27 estados, os serviços não caem apenas no Paraná, que apresenta estabilidade (0,0%). No acumulado em 2017, só Rio Grande do Norte (2,0%), Paraná (1,5%) e Piauí (0,4%) mostram resultados positivos. E nos 12 meses encerrados em abril, todos os estados seguem em queda desde janeiro.
Serviços profissionais, administrativos e complementares
Frente ao mesmo mês do ano passado, em abril de 2017 (-7,8%), duas das cinco atividades de serviços pesquisadas tiveram resultados positivos na Bahia: Serviços de informação e comunicação(1,4%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,9%).
Por outro lado, os Serviços profissionais, administrativos e complementares aprofundaram significativamente a forte queda já verificada em março (-19,1%), recuando 28,2% e exercendo a principal influência negativa sobre o setor. Os demais resultados negativos vieram dos Outros serviços (-15,8%) e dos Serviços prestados às famílias (-6,7%). Ambos também caíram mais que em março (-12,6% e -5,4% respectivamente).
Os serviços profissionais têm peso importante e respondem por pouco mais de 1/5 (22,5%) da estrutura dos serviços baianos. Trata-se de um grupo diversificado, com um peso um pouco maior das atividades direcionadas às empresas (ligadas às áreas jurídica, contábil, de segurança, assessorias e consultorias em diversos campos, por exemplo), mas também que atendem as famílias (agências de viagem, empresas jornalísticas, entre outras).
Serviços ligados ao turismo mantêm crescimento no ano
Em abril, as atividades de serviços ligadas ao turismo voltaram a cair, após os resultados positivos de março, tanto em relação ao mês imediatamente anterior (-5,3%) quanto frente a abril de 2016 (-0,8%).
Na comparação com março, a Bahia (-5,3%) teve a terceira maior queda dentre os 12 estados em que a atividade turística é pesquisada, com um resultado melhor apenas que os de Mias Gerais (-5,5%) e Espírito Santo (-12,6%). Nesse confronto o país teve, em média, uma queda de 2,0%.
Já frente a abril de 2016, o turismo baiano teve a menor queda (-0,8%) dentre os estados, ficando numa situação bem melhor que a média do país (-6,4%). Os maiores recuos do turismo nessa comparação ocorreram no Espírito Santo (-22,5%), Distrito Federal (-21,2%) e Rio de Janeiro (-20,4%). Os resultados negativos do turismo baiano em abril, entretanto, não foram suficientes para tirar o setor do positivo no acumulado no ano, período em que ainda apresenta crescimento de 2,4%, resultado bem acima da queda de 7,1% verificada em nível nacional.
Já nos 12 meses encerrados em abril, os serviços ligados ao turismo acumulam perda de 6,0% na Bahia, com uma pequena desaceleração no ritmo de queda em relação ao 12 meses encerrados em março (-6,7%).