A produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, voltou a crescer (0,9%) em fevereiro frente ao mês anterior, embora tenha apresentado desaceleração em relação ao resultado de janeiro (1,9%). Entre os resultados positivos, a Bahia apresentou o menor crescimento (0,9%), ao lado de Santa Catarina, mas, ainda assim, ficou acima da média nacional (0,2%) e com resultado melhor do que outras nove regiões pesquisadas, na comparação com o mês anterior. De janeiro para fevereiro, a indústria cresceu mais no Paraná (3,3%) e na Região Nordeste (2,6%) e teve suas maiores quedas no Pará (-10,9%) e no Amazonas (-5,9%).
Frente a fevereiro de 2017, a produção industrial baiana também continuou a crescer (3,2%). Nesse confronto, o desempenho da indústria no estado também ficou acima da média nacional (2,8%). Em relação a fevereiro de 2017, a produção industrial cresceu em 9 das 15 regiões pesquisadas pelo IBGE, com destaque positivo para Amazonas (16,2%).
Assim, no ano de 2018, a produção industrial baiana acumula crescimento de 4,4%, pouco acima dos 4,3% acumulados no país como um todo. Outras nove regiões também apresentaram variação positiva no acumulado no ano, com destaque para o Amazonas (24,5%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro, a produção industrial baiana apresentou o menor crescimento entre as regiões pesquisadas (0,5%), ficando bem abaixo da média nacional (3,0%). Contudo, este resultado mantém a indústria do estado em crescimento e com o melhor resultado desde junho de 2017 (quando o acumulado em 12 meses havia ficado em -8,3%).
Fabricação de veículos e fabricação de celulose puxam expansão
Em fevereiro, o crescimento de 3,2% da produção industrial da Bahia, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, foi resultado do desempenho positivo de 4 das 12 atividades pesquisadas no estado. Os principais impactos positivos vieram dos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (30%) e da fabricação de celulose, papel e produtos de papel (24,7%).
A fabricação de veículos vem influenciando positivamente o desempenho da indústria baiana, com fortes crescimentos seguidos, desde julho de 2017 e acumula altas de 34,2% no ano de 2018 e 33,0% nos 12 meses encerrados em fevereiro. O crescimento da produção de veículos em fevereiro na Bahia foi o segundo maior entre as regiões onde a atividade é investigada, abaixo apenas do verificado no Rio de Janeiro (57,1%).
A fabricação de celulose, por sua vez, voltou a crescer no estado após cinco meses em queda, desde setembro de 2017 (-4,8%). Também tiveram aumento, em fevereiro, na Bahia, a fabricação de alimentos (11,1%) e a produção de bebidas (21,3%).
Em sentido contrário, as contribuições negativas mais importantes sobre o total global, no mês, vieram dos setores de outros produtos químicos (-8,8%) e da metalurgia (-12,3%), que voltou a apresentar queda após a alta de 18,5% em janeiro.
O setor de derivados de petróleo, de maior peso na estrutura da indústria baiana, também se manteve negativo em fevereiro (-2,4%), aprofundando recuo que já havia sido verificado em janeiro (-0,6%) e acumulando queda de 1,5% neste ano.