Oo número de domicílios cresceu pouco, tanto na Bahia (de 5,139 milhões para 5,170 milhões, +0,6% ou mais cerca de 31 mil residências) quanto no Brasil (de 69,224 milhões para 69,773 milhões, +0,8% ou mais cerca de 550 mil residências) entre os anos de 2016 e 2017. Entretanto, no estado, essa pequena ampliação não foi acompanhada proporcionalmente pela cobertura da maior parte dos serviços de saneamento básico (que englobam abastecimento de água, coleta de esgoto e de lixo) nem pelo fornecimento de energia elétrica – os quais não mostraram avanços no atendimento, entre 2016 e 2017. É o que revela uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O destaque negativo, na Bahia, ficou para o esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica ligada à rede. O serviço tem historicamente o menor alcance e ainda mostrou uma leve variação negativa entre 2016 e 2017. No ano passado, 55,8% dos domicílios no estado eram atendidos por rede de esgoto (2,886 milhões em números absolutos), cerca de 8 mil a menos (-0,3%) que em 2016 (2,894 milhões ou 56,3% do total naquele ano).
Já o abastecimento de água por rede geral, que atendia 85,3% dos domicílios baianos em 2016 (4,386 milhões de residências), foi muito pouco ampliado em um ano (+2 mil domicílios) e chegava a 84,9% das residências existentes no estado em 2017 – uma cobertura menor do que no ano anterior.
Além disso, dentre os domicílios abastecidos por rede geral de água, 33,6% (1,474 milhão) não recebiam água diariamente, percentual que pouco se alterou em relação a 2016 (33,8%).
Coleta de lixo
Dentre os serviços de saneamento básico, apenas a coleta direta de lixo (porta a porta) teve aumento significativo de cobertura, de 2016 para 2017, na Bahia: cresceu +6,0%, o que significa que mais 220 mil domicílios passaram a ser atendidos de um ano para o outro, maior crescimento absoluto entre os estados.
Em 2016, a coleta direta de lixo chegava a 64,3% dos domicílios baianos (3,304 milhões). No ano seguinte, passou a atender 68,2% do total, ou 3,524 milhões de lares. Com essa ampliação, a Bahia deixou de ser o segundo estado com menor cobertura de coleta direta de lixo, mas ainda é o sétimo com menos domicílios atendidos, entre as 27 unidades da Federação.
Em todos os casos, o percentual de residências com serviços de saneamento básico e fornecimento de energia elétrica na Bahia ainda se mantém abaixo da média nacional, como mostra o quadro a seguir.