As vendas do varejo na Bahia, em abril, cresceram 0,9% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após terem apresentado variação negativa (-0,1%) em março. Nessa comparação, o varejo baiano teve o terceiro melhor desempenho dentre os estados, abaixo apenas de Roraima (3,2%) e Amapá (2,7%). Ficou também acima da média nacional (-0,6%). De março para abril, o volume de vendas do comércio varejista cresceu em 7 dos 27 estados. Os destaques negativos ficaram com Pará (-2,6%), Rio de Janeiro (-2,8%) e Paraíba (-3,5%). Os dados foram divugados hoje pelo IBGE.
O resultado do varejo também foi positivo para a Bahia na comparação com abril de 2018. As vendas cresceram 2,1%, após o recuo de 4,3% verificado em março. Foi o melhor abril para o comércio varejista baiano desde 2014, quando as vendas no mês havia crescido 3,6% frente ao mesmo período do ano anterior.
O resultado positivo do varejo no estado, frente ao mesmo mês de 2018, foi fruto de aumentos nas vendas de 5 das 8 atividades pesquisadas, puxadas pelos supermercados (+3,5%) e vestuário (+9,1%)
O avanço no estado foi um pouco maior que o verificado no país como um todo (1,7%) e acompanhou o movimento de crescimento registrado em 20 das 27 unidades da Federação, com destaques positivos para Espírito Santo (7,4%), Tocantins (7,1%) e Santa Catarina (6,9%).
Com os resultados de abril, as vendas do varejo baiano acumulam alta de 0,7% no quatro primeiros meses de 2019, frente ao mesmo período de 2018. O resultado fica bem próximo à média nacional (0,6%). Nos 12 meses encerrados em abril, o comércio na Bahia também mantém variação positiva (0,3%), ainda que abaixo da média (1,4%).
Vendas crescem em 5 das 8 atividades do varejo
Em abril, na Bahia, o volume de vendas cresceu em 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui os segmentos de automóveis e material de construção), frente ao mesmo mês de 2018. Em termos de magnitude da taxa, os maiores aumentos nas vendas foram registrados nos segmentos de tecidos, vestuário e calçados (9,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,6%).
As vendas de vestuário exerceram a segunda influência positiva mais importante para o setor como um todo. Esse segmento voltou a ter desempenho positivo, após a queda registrada em março (-10,1%), e aumentou seu crescimento acumulado no ano, chegando a 2,5% até abril.
O mesmo ocorreu com a atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que voltou a crescer após ter recuado 7,3% em março, retomando a série de resultados positivos que vinha apresentando desde maio de 2017. Esse segmento tem peso importante das vendas nos grandes sites de compras.
Dentre as três atividades com recuos nas vendas em abril, os destaques foram, mais uma vez, para livros, jornais, revistas e papelaria (-55,0%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-37,0%)
Com apenas a quarta maior alta, as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,5%) tiveram a maior contribuição positiva para o varejo baiano como um todo, em abril, em razão do peso da atividade na estrutura do setor no estado.
O movimento de vendas nesse segmento voltou a acelerar após ter ficado estável em março e mostra alta acumulada de 2,9% no de janeiro a abril de 2019.
Das atividades com alta nas vendas em abril, na Bahia, a de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,0%) é a que cresce seguidamente há mais tempo, desde outubro de 2017. Por isso mesmo tem o maior acumulado no ano (6,8%) e nos 12 meses encerrados em abril (11,4%).
Dentre as três atividades com recuos nas vendas no mês, os destaques foram, mais uma vez, para livros, jornais, revistas e papelaria (-55,0%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-37,0%). Os livros recuam desde julho de 2018, e o segmento de informática, desde novembro do ano passado.
Varejo ampliado tem resultados positivos em abril
Em abril, na Bahia, o comércio varejista ampliado também teve resultados positivos. Frente a março (série com ajuste sazonal), as vendas avançaram 1,2%. Foi a terceira maior alta entre os estados, abaixo apenas de Roraima (6,1%) e Alagoas (2,1%), e um resultado melhor que a média nacional, que ficou estável (0,0%). Na comparação com abril de 2018, as vendas do varejo ampliado na Bahia também ainda mostraram variação positiva (0,4%), mesmo que inferior à do país como um todo (3,1%) e um desempenho também pior que o do varejo restrito no estado.
Apesar das quedas nas vendas de automóveis (-3,4%) e material de construção (-1,0%), varejo ampliado na BA tem resultados positivos em abril
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
Na comparação com abril de 2018, as vendas desses dois segmentos mantiveram-se em queda na Bahia, porém reduzindo o ritmo de recuo em relação ao verificado em março. Em abril, as vendas de veículos caíram 3,4% (haviam recuado 16,5% em março), e as de materiais de construção caíram 1,0% (frente a -9,9% em março).

























