A VLI – operadora logística que controla a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) – divulgou nesta terça-feira (26/3) seu balanço de 2023. Os números são reluzentes. A companhia registrou recorde de receita líquida, com R$9,1 bilhões, uma alta de 19% em relação a 2022. Além disso, investiu, no ano passado, R$2,3 bilhões.
Muito dinheiro.
Para a Bahia, porém, nadinha de nada.
Uma vergonha o que a VLI fez com o trecho baiano da FCA. Deixou apodrecer, sem o menor constrangimento, trilhos, locomotivas e estações.
Vários trechos baianos da FCA estão inoperantes, prejudicando o setor produtivo do estado.
A falta de manutenção da ferrovia inviabilizou, por exemplo, investimentos importantes na área de mineração.
Durante os 25 anos de concessão, a FCA/VLI não trouxe nenhum benefício para a economia baiana.
Nenhum! Nada!
Pelo contrário, ocorreu uma piora do serviço, com a redução contínua da malha, do número de localidades atendidas e do tráfego de trens.
Um crime contra o patrimônio público que custou milhões e milhões ao país.
A VLI tem uma dívida monstruosa com a Bahia.
O que a empresa pretende fazer para compensar todos esses anos de inação?
Provavelmente, nada.
E a ANTT, a agência que deveria fiscalizar a concessão? O que fez?
Nada.
Que vexame!
E o Odorico?
O mercado imobiliário segue aguardando um posicionamento do governo do estado em relação à área onde por 25 anos abrigou o Colégio Estadual Odorico Tavares, no Corredor da Vitória.
A ideia inicial é realizar o leilão do terreno de 5 mil metros quadrados. Mas nenhum sinal de edital. A área é avaliada em R$50 milhões.
O colégio foi desativado há 5 anos.
Cá pra nós: não fazia o menor sentido um colégio público em um bairro de grã-finos e endinheirados.
Nenhum morador da Mansão Carlos Costa Pinto, da Mansão Wildberger ou do Torre Barcelona estudava ali.
Veja a imagem abaixo…
Visto do alto, o prédio escolar está até bem conservado. Em uma das quadras dá até pra bater uma babinha. A outra está cheia de poças da água da chuva.
Água parada é prato cheio para o mosquito da dengue, não é mesmo?

Fazenda Chaparral
A BrasilAgro, uma das maiores empresas brasileiras em quantidade de terras agricultáveis, vendeu 12.335 hectares da Fazenda Chaparral, localizada em Correntina, na Bahia.
O anúncio foi feito na noite desta terça-feira (26/3), em fato relevante. O valor da venda é de 350 sacas de soja por hectare útil, ou R$364,5 milhões.
“O comprador já realizou pagamento inicial no valor de R$53,5 milhões. O duration (tempo médio de recebimento) desta venda é de 3,1 anos”, destaca o comunicado enviado ao mercado.
Esta transação marca a primeira venda de uma fração da Fazenda Chaparral, que foi adquirida em novembro de 2007. Foram investidos R$125 milhões na aquisição e desenvolvimento da propriedade até o momento.
Na fazenda, são cultivados grãos e algodão.
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