Na Bahia, em 2018, 12,7% das pessoas de 15 anos ou mais de idade eram analfabetas, ou seja, 1,483 milhão de baianos nesse grupo etário afirmavam que não sabiam ler nem escrever um bilhete simples. Esse contingente teve um aumento pequeno em relação a 2017, quando eram 1,465 milhão de analfabetos no estado, e a taxa não cedeu, ficando a mesma (12,7%). Os dados são módulo de Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada hoje pelo IBGE.
O analfabetismo na Bahia, assim como no Brasil em geral, está fortemente relacionado à idade. No estado, quase 9 em cada 10 analfabetos, em 2018, tinham 40 anos ou mais de idade (87,6% ou 1,294 milhão de pessoas), enquanto metade (50,5%) eram idosos, de 60 anos ou mais (749 mil pessoas). O envelhecimento populacional fez esses dois contingentes crescerem entre 2017 e 2018, quando eram de 1,264 milhão e 714 mil respectivamente.
Na Bahia, 1 em cada 3 pessoas de 60 anos ou mais de idade afirmava ser analfabeta em 2018 (35,3%), percentual que era mais que o dobro do calculado para o total de pessoas de 15 anos ou mais (12,7%). A situação é pior para os idosos que se declaram pretos ou pardos: quase 4 em cada 10 deles (37,4%) eram analfabetos, o que representava 615 mil pessoas.
No Brasil, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade em 2018 era a metade da verificada na Bahia: 6,8%, o que representava 12,4 milhões de pessoas que não sabiam ler nem escrever. Dessas, 87,9% tinham mais de 40 anos e 53,1% eram idosos. A taxa de analfabetismo para as pessoas de 60 anos ou mais de idade, no país, chegava a 18,6%.
O Plano Nacional de Educação (PNE) determinava a redução da taxa de analfabetismo no país para 6,5% em 2015, e a erradicação do analfabetismo até 2024.