As políticas de enfrentamento à insegurança alimentar e nutricional coordenadas pelo Governo do Estado da Bahia resultaram na menor taxa de pessoas em situação de fome grave no estado nos últimos três anos. O dado foi apresentado nesta terça-feira (30), durante o balanço de 2025 do Programa Bahia Sem Fome, que aponta uma redução adicional de 11,6% na insegurança alimentar grave ao longo do ano.
Somente em 2025, o governo baiano investiu cerca de R$ 1,8 bilhão em ações voltadas à distribuição de alimentos, implantação de cozinhas comunitárias, fortalecimento da alimentação escolar e apoio a iniciativas municipais. Desde o início do programa, o volume total de recursos já alcança R$ 5,2 bilhões.
De acordo com o coordenador do programa, Tiago Pereira, em 2023 a Bahia registrava cerca de 1,9 milhão de pessoas em situação de insegurança alimentar grave. Dados mais recentes do IBGE indicam que esse número caiu para aproximadamente 760 mil pessoas em 2025, o que representa uma redução de 60% em relação a 2023.
“Isso significa recursos para a alimentação escolar, para cozinhas comunitárias e solidárias, para a assistência com cestas básicas, para o acesso à água e para a inclusão produtiva. A agricultura familiar é de suma importância nessa agenda de combate à fome”, destacou Tiago Pereira. Segundo ele, trata-se de um conjunto de ações estratégicas que fortalecem o sistema de segurança alimentar em todo o território baiano.
Em 2025, foram implantadas 150 cozinhas comunitárias em 95 municípios, por meio do edital Comida no Prato. Cerca de 120 organizações da sociedade civil atuaram diretamente na operação das unidades, garantindo alimentação a aproximadamente 30 mil pessoas até dezembro. No mesmo período, a Campanha de Arrecadação e Doação de Alimentos distribuiu 500 toneladas de alimentos e 150 mil cestas básicas a municípios em situação de maior vulnerabilidade ou afetados por seca e enchentes.
O estado também ampliou a adesão ao Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), com a inclusão de mais 93 municípios em 2025. Com isso, 189 cidades — cerca de 40% do total da Bahia — passaram a integrar o sistema, que hoje atende aproximadamente 5,6 milhões de pessoas.
“A dignidade efetiva só se consolida quando as famílias têm condições de prover a própria alimentação. O Estado oferece a cesta básica, mas também trabalha para garantir autonomia e cidadania plena à população em situação de vulnerabilidade”, reforçou o coordenador.
Além dessas iniciativas, o governo estadual executou ações por meio da rede integrada de equipamentos de combate à fome, que inclui Mercados Populares, Restaurantes Populares, tecnologias de acesso à água, Centros de Referência de Assistência Social, equipamentos para a população em situação de rua, Bancos de Leite, Armazéns da Agricultura Familiar e Centros Públicos de Economia Solidária.
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