Os testes do Real Digital começarão a ser feitos ainda este ano, estima o Banco Central. Conforme matéria do Estadão, a nova tecnologia será experimentada em meados de setembro, e neste início de julho o BC já disponibilizou a documentação pública relacionada à infraestrutura do sistema da moeda digital para as instituições participantes.
“Nesse momento, o primeiro passo é avaliar a programabilidade e a descentralização da plataforma do Real Digital. Depois, partiremos para os testes de validação e riscos. E, posteriormente, checaremos a viabilidade tecnológica negocial, ou seja, o produto final em si”, contou Clarissa Souza, a gerente de TI do Piloto do Real Digital, durante a 1ª Plenária do Fórum Real Digital, que aconteceu em 26 de junho.
Assim, o Estadão aponta que as empresas estarão preparadas para se conectar à plataforma até agosto e começar os testes da CBDC (Moeda Digital do Banco Central, na sigla em inglês) em setembro.
Com a moeda digital, o Banco Central busca acompanhar a transformação tecnológica e trazer um meio de pagamentos completamente virtual para os brasileiros. Atualmente, a população usa outros métodos atrelados ao dinheiro físico, como o pix, cartões de crédito e débito e carteiras virtuais. Um exemplo de carteira virtual que vem ganhando cada vez mais espaço devido à sua segurança e facilidade de pagamento é a Astropay, principalmente no setor de entretenimento e apostas esportivas. Brasileiros que preferem um site que aceita astropay podem encontrar uma lista completa de plataformas de apostas no confiavel.com. São mais de 25 casas de jogatina com esse método de pagamento, e o site de avaliações lista apenas as mais seguras e com ótimos bônus e promoções.
Bancos selecionados para Projeto Piloto
Em maio deste ano, o Banco Central listou os 14 selecionados para participar do Projeto Piloto do Real digital:
● Bradesco
● Banco do Brasil
● Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM
● Itaú Unibanco
● Nubank
● Banco Inter, Microsoft e 7Comm
● SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred
● Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin
● XP, Visa
● Banco BV
● Banco BTG
● Banco ABC, Hamsa, LoopiPay
● Banco B3, B3 e B3 Digitas
● ABBC: bancos Brasileiro de Crédito, Ribeirão Preto, Original, ABC, BS2 e Seguro; ABBC, BBChain, Microsoft e BIP
Na lista estão bancos individuais, como o Banco do Brasil e Bradesco, e consórcios, a exemplo do Santander Brasil, XP e B3. Algumas dessas empresas já estão inseridas no mercado de criptoativos, oferecendo soluções voltadas para esse tipo de produto – um exemplo é a LoopiPay, empresa de pagamento cripto para fiduciário.
Real Digital
Segundo Tiago Malanski, assessor de investimentos na Phi Investimentos, o objetivo do Banco Central com a sua nova moeda será trazer uma forma de pagamento eficiente e segura, que inclua um maior número de pessoas no sistema financeiro e reduza os custos das transações.
No entanto, o executivo acredita que existem alguns desafios para a implementação total desse tipo de moeda. “Como por exemplo, a aceitação da população. É verdade que atualmente existem boas soluções para pagamentos, como o Pix, mas o desafio é ir além dos serviços prestados e desenvolver novas funcionalidades. Acredito que exigirá um esforço de educação e conscientização por iniciativa do Banco Central e das empresas que adotarem a nova tecnologia”, explica.
Atualmente, outros países já estudam a possibilidade de trazer uma moeda digital, como os EUA, China e Reino Unido. No Brasil, a expectativa é de que o lançamento da CBDC para o público geral aconteça ainda em 2024, em fases gradativas, da mesma maneira que o Pix. Assim, aos poucos a moeda será liberada para a população e, se o plano for como esperado, ganhará popularidade rapidamente, da mesma maneira que o Pix, que hoje é considerado o meio de pagamento favorito do brasileiro.