Maior evento de tecnologia, conteúdo digital e entretenimento do mundo, a Campus Party 2018 está com os servidores ligados na Arena Fonte Nova, em Salvador. Um dos destaques é o estande dos Centros Juvenis de Ciência e Cultura (CJCC), onde estudantes da rede estadual apresentam diversos projetos.
Entre eles, há o protótipo de um robô desenvolvido pelo estudante Marcos Luz, 17 anos, com a intenção de utilizá-lo em resgates ocorridos em áreas de risco. Na Campus Party, o dispositivo disputará a competição de robótica. “O robô vai seguir um trajeto e recuperar um objeto, que seria uma vítima, trazendo novamente para o destino. Estamos tentando uma medalha neste evento de grande alcance”, diz o estudante.
Marcos também participou da Campus Party em 2017, quando adquiriu “experiência e muitos conhecimentos com as palestras. Agora não fico mais nervoso na competição”. Em parceria com Governo do Estado, o evento oferece 300 horas de atrações, com a expectativa de atrair 90 mil pessoas em quatro dias.
Professor do CJCC de Salvador, Jaime Azevedo ressalta a importância da capital baiana sediar a Campus Party. “Na Bahia, não temos eventos desse porte e neste segmento. Então, é uma oportunidade, sobretudo para os estudantes da rede pública, que estão vindo participar. Nós estamos apresentando vários projetos, entre eles dois games produzidos para a área de saúde. Ainda vou ministrar uma palestra abordando a produção de jogos em sala de aula, usando softwares livres”.
A Campus Party é oportunidade também para os estagiários do Programa Primeiro Emprego, do Governo do Estado, como Alan Henrique. “Participar do evento contribui bastante para a nossa formação. Aqui, eu tenho acesso a novas tecnologias e também posso assistir palestras. Conheci, por exemplo, a bitcoin. É uma oportunidade muito boa”, afirma.
Troca de experiências
Segundo o superintendente de Políticas para a Educação Básica do Estado, Ney Campelo, mais de 11 mil estudantes estão matriculados nos Centros Juvenis de Ciência e Cultura. “Na Campus Party, ao mesmo tempo em que se diverte em uma grande festa, a juventude também está se educando, investindo na formação e na aprendizagem, pois desenvolve robôs, games e aplicativos. Essa é uma linguagem que aproxima os jovens da educação do século XXI”, destaca.
Campelo acrescenta que a Bahia também ensina com a realização da Campus Party. “Os alunos baianos não estão aqui apenas para adquirir conhecimento do que é produzido pelo mundo, mas também para apresentar as nossas experiências, que serão reproduzidas e multiplicadas. Nós temos tecnologia produzida por estudantes em diversas áreas, como saúde, agropecuária e biotecnologia”.