Em abril de 2017, o custo da cesta básica na capital baiana registrou elevação de 4,85%, em relação a março de 2017 e passou a custar R$ 366,63, contra os R$349,66 registrados no mês anterior. Este é o quarto menor valor dentre as 27 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a pesquisa. Na variação em 12 meses, os gêneros alimentícios subiram 6,49% em Salvador, de maio de 2016 a abril de 2017.
As altas foram registradas no preço médio do tomate (59,81%), do café (1,58%), do pão francês (1,20%), do açúcar cristal (0,33%). Por sua vez, as reduções aconteceram no preço da banana da prata (-6,45%), do óleo de soja (-4,90%), do feijão carioquinha (-3,98%) da carne de primeira e do arroz branco (-2,22%), do leite (-2,06%) da manteiga (-0,34%) e da farinha amarela (-0,15%).
O trabalhador soteropolitano remunerado pelo salário mínimo, comprometeu, em abril, 86 horas e 05 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais. Em março, houve um comprometimento menor. Naquele mês, foram necessárias 82 horas e 06 minutos. Quando se compara o custo da cesta em relação ao salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, o comprometimento foi de 42,53% em abril, percentual superior aos 40,56% de março.
PESQUISA NACIONAL DA CESTA BÁSICA DE ALIMENTOS
PREÇO MÉDIO, GASTO MENSAL E TEMPO DE TRABALHO NECESSÁRIO
SALVADOR/ABRIL/2017
Produtos e quantidades¹ | Preço médio (R$)² | Gasto mensal (R$) | Tempo de trabalho necessário |
Carne (4,5 kg) | 20,67 | 93,02 | 21h50m |
Leite (6 litros) | 3,80 | 22,80 | 5h21m |
Feijão (4,5 kg) | 4,83 | 21,74 | 5h06m |
Arroz (3,6 kg) | 3,55 | 12,78 | 3h00m |
Farinha de mandioca (3 kg) | 6,50 | 19,50 | 4h35m |
Tomate (12 kg) | 5,05 | 60,60 | 14h14m |
Pão (6 kg) | 9,25 | 55,50 | 13h02m |
Café (300 gr) | 21,36 | 6,41 | 1h31m |
Banana (7,5 dz) | 4,64 | 34,80 | 8h10m |
Açúcar (3 kg) | 3,07 | 9,21 | 2h10m |
Óleo (900 ml) | 3,88 | 3,88 | 0h55m |
Manteiga (750 gr) | 35,18 | 26,39 | 6h12m |
TOTAL | 366,63
|
86 horas e 05 min |
Outras capitais
Em abril, o custo do conjunto de alimentos essenciais aumentou nas 27 capitais brasileiras, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Dieese. As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (6,17%), Cuiabá (5,51%), Palmas (5,16%), Salvador (4,85%) e Boa Vista (4,71%). As menores elevações foram observadas em Goiânia (0,13%) e São Luís (0,35%).
Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 464,19), seguida por Florianópolis (R$ 453,54), Rio de Janeiro (R$ 448,51) e São Paulo (R$ 446,28). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 333,18) e Aracaju (R$ 363,87).
Em 12 meses, 20 cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram observadas em Natal (10,28%), Fortaleza (9,85%) e Porto Alegre (8,73%). As reduções ocorreram em 7 capitais, com destaque para Belém (-3,49%), Macapá (-3,28%) e Rio Branco (-3,11%).
No primeiro quadrimestre de 2017, 11 capitais acumularam queda, com destaque para Rio Branco (-13,33%), Manaus (-5,34%) e Maceió (-4,32%). Já os aumentos foram registrados nas outras 16, sendo que os mais expressivos ocorreram em Fortaleza (7,33%), Recife (5,97%) e Teresina (4,84%).