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Estudo da Ufba mostra que adolescentes de faixas carentes estão mais obesos

REDAÇÃO por REDAÇÃO
10/07/2019
em Atualidade
Tempo de Leitura: 4 minutos
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Segundo o estudo, os adolescentes de escolas privadas têm maior chance de desenvolver excesso de peso em relação aos estudantes da escola pública, mas ao longo do tempo a diferença se reduziu (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Adolescentes residentes no Brasil, de faixas mais pobres da população, estão mais obesos e ainda sofrem de desnutrição. É o que mostra estudo feito por pesquisadores da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz da Bahia (Cidacs/Fiocruz Bahia).

Esta é a primeira vez que uma investigação como essa é feita no Brasil, observando fatores socioeconômicos associados à desnutrição e à obesidade.

Para fazer o trabalho, os técnicos utilizaram dados das edições de 2009, a primeira, e da mais recente, de 2015, da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O trabalho investiga doenças crônicas não transmissíveis entre adolescentes escolares brasileiros.

O estudo comparou os índices nutricionais de alunos de 13 a 17 anos, separados entre os que apresentam somente sobrepeso ou baixa estatura e aqueles que apresentam as duas condições.

Sobrepeso

Na visão dos pesquisadores, houve aumento de sobrepeso entre os adolescentes de todos os níveis socioeconômicos e, ao mesmo tempo, também aparece nesses estudantes a desnutrição, revelada pela baixa estatura.

Segundo o estudo, os adolescentes de escolas privadas têm maior chance de desenvolver excesso de peso em relação aos estudantes da escola pública, mas ao longo do tempo a diferença se reduziu. Entre 2009 e 2015, o índice de adolescentes com excesso de peso na rede privada, que era 28,7%, permaneceu inalterável, mas a taxa entre os da rede pública aumentou de 19% para 23,1%.

Dupla carga

No estudo, os pesquisadores identificaram que a dupla carga de má nutrição, uma característica de desnutrição e obesidade, simultâneas, atinge menos de 1% dos estudantes. Apesar disso, nem sempre uma melhoria nas condições socioeconômicas vem acompanhada de maior qualidade nutricional.

“O indivíduo que tem dupla carga é aquele adolescente que apresenta baixa estatura, um sinônimo de desnutrição crônica e excesso de peso. A dupla carga pode se manifestar de três formas. Tanto em nível individual, que é o caso do nosso estudo, sendo os dois desfechos no mesmo indivíduo. Pode ser também em nível familiar, por exemplo, uma mãe com excesso de peso e um filho com desnutrição, ou em nível comunitário, onde em um mesmo local temos taxas altas tanto de desnutrição quanto de obesidade. No nosso estudo foi bem específico, com adolescente de baixa estatura e excesso de peso”, disse a pesquisadora da UFBA, Júlia Uzêda, em entrevista à Agência Brasil.

Em 2009, na análise separada, o grupo que apresentou os dois desfechos de saúde, independentemente de sexo, e diferenciando entre estudantes de escola pública e privada, a simultaneidade aparece em 29 estudantes do ensino particular (0,2%) contra 185 do público (0,4%).

Isso significa que a dupla carga é maior entre estudantes da rede pública. Em 2015, a taxa de dupla carga entre os estudantes de escola privada atingiu 0,3% e nos da rede pública permaneceu em 0,4%. As meninas, com 0,4%, ainda são maioria, enquanto entre os meninos ficou em 0,3%.

Fatores

De acordo com o pesquisador do Cidacs Natanael Silva, embora o estudo não tenha se baseado em classes sociais, há variáveis analisadas que indicaram um crescimento de obesidade, atingindo cada vez mais a população menos favorecida socioeconomicamente.

Segundo ele, os alimentos processados podem ser um dos fatores da obesidade, por serem também de preços mais baixos.

“Os alimentos processados acabam sendo mais baratos do que qualquer alimento natural e por terem maior aporte calórico, muitas vezes serem vendidos em grandes quantidades, mais baratos e atrativos, chamam bastante a atenção do público mais vulnerável”, disse.

Além disso, foram selecionadas informações socioeconômicas de adolescentes, como escolaridade da mãe, raça, sexo e tipo de unidade escolar.

Os filhos de mulheres que completaram a educação primária revelaram melhores índices de nutrição, apresentando a metade da taxa de dupla carga do que os estudantes cujas mães não finalizaram essa etapa.

Júlia Uzêda informou que há estudos comprovando que a desnutrição em período intrauterino provoca mecanismos no corpo que aparecem futuramente na vida da criança, por causa de problemas na absorção de gordura, que resultam na obesidade.

“O adolescente é um público vulnerável por todas as mudanças físicas, então, quando o indivíduo tem dupla carga, ele passa a ter riscos tanto de desnutrição quanto de obesidade, por isso o nome de dupla carga”, observou.

Políticas Públicas

Os pesquisadores defenderam que o estudo serve para ajudar na elaboração de políticas públicas. Para Júlia Uzêda, existem fatores que não foram analisados no estudo, como o consumo alimentar e, principalmente, a qualidade dos alimentos ingeridos, mas as informações encontradas já podem servir para a adoção de medidas com o foco na qualidade da nutrição.

“Muitas vezes as políticas públicas são destinadas isoladamente à obesidade ou à desnutrição e acabam tratando um e esquecendo outro. A transição nutricional tem o perfil que é a diminuição da desnutrição, mas não deixa de existir, enquanto a obesidade e o excesso de peso aumentam. Isso muda o foco das políticas públicas”, disse a pesquisadora. (Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil)

Tags: FiocruzIBGEUfba
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