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BA de Valor
Flavio Assis
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Exclusivo: os planos da Lecar para a Bahia

Grupo brasileiro, que entrou na disputa com a BYD pela compra de antiga fábrica da Ford, em Camaçari, promete investir R$3 bilhões no estado. Seu projeto inicial: produzir um veículo elétrico com autonomia de 300 km e que custará R$100 mil

JOANA LOPO por JOANA LOPO
01/03/2024
em Negócios Locais
Tempo de Leitura: 5 minutos
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Uma novidade eletrizante para o mercado automotivo brasileiro: a Lecar, empresa paulista que está construindo sua primeira fábrica de carros elétricos em Caxias do Sul (RS), anunciou que vai instalar uma segunda unidade em Camaçari, na Bahia. Na verdade – e pelo jogo da negociação – isso só vai ocorrer se a brasileira vencer a disputa com a chinesa BYD, que chegou a lançar pedra fundamental no ano passado e promete  investir cerca de R$ 3 bilhões na instalação na implantação de uma fábrica na Bahia..

Ocorre que, o fundador e CEO da Lecar, Flávio Figueiredo Assis, contou, em entrevista exclusiva ao BA DE VALOR,  que após uma feliz visita às instalações da Ford, em Camaçari, em fevereiro, com interesse apenas em comprar máquinas, equipamentos e robôs da linha de montagem da antiga montadora, ele e sua equipe foram “surpreendidos” com a notícia de que o processo de compra ainda estava em fase de concessão e que poderiam entrar para a disputa lançando uma proposta para explorar a fábrica.

“Imediatamente, manifestamos interesse formal ao Governo da Bahia em desenvolver nossa atividade de fabricação de veículos elétricos na antiga fábrica da Ford. Durante a visita constatamos a presença de funcionários chineses da BYD trabalhando normalmente, mas a área ainda é do governo do Estado da Bahia”, comenta.

Diante disto, ele afirma categoricamente que uma possível parceria nesse negócio da China está descartada pela Lecar. “Não pretendemos dividir o espaço com a BYD por termos culturas e estratégias empresariais diferentes”, diz ele.

Melhor proposta

Com isso, o empresário brasileiro não quer esperar o segundo round. Ele quer rebater a proposta de investimento dos orientais nos próximos 36 segundos (ou melhor, em pouco meses). Com sangue no olho ele parte para cima e bate o martelo nos mesmos R$ 3 bilhões.

“Faremos esse investimento em cinco anos. Mas toda informação aqui, inclusive de previsão, é item de disputa, corre em segredo de informação, mas posso adiantar que iremos gerar mais empregos e 100% das vagas serão ocupadas por brasileiros, com prioridade para os ex-funcionários da Ford no Brasil. Não temos dúvidas de que somos a melhor opção para assumir a fábrica”, garante Assis.

Segundo ele, o edital de ocupação de áreas públicas da Bahia tem critérios claros para seleção do projeto mais vantajoso, conforme as regras do Decreto Estadual 21.196, de 28 de fevereiro de 2022. “A Lecar apresenta vantagens robustas, competitivas e superiores em todos os itens do edital. Estamos confiantes de que temos a proposta mais vantajosa e, com isso, assumiremos e iniciaremos a produção de nossos carros elétricos em Camaçari”, reforça.

O empresário conta, ainda, que desde as primeiras notícias do lançamento do primeiro carro elétrico brasileiro, o Lecar 459, recebeu muitos investidores e fundos de investimentos interessados no negócio. “Com a possibilidade de produzir em Camaçari, vamos fazer alianças estratégicas com investidores para, juntos, criarmos o maior projeto automobilístico do Brasil. Passaremos a ser com o excedente da produção de Camaçari, Caxias do Sul e Espírito Santo, em poucos anos, um grande exportador de automóveis elétricos”, planeja o visionário.

Uma boa notícia para quem ganhar a disputa é de que a maioria do maquinário da fábrica está em perfeito estado de conservação e prontos para iniciar a produção. Por isto, Assis ressalta que a Lecar tem uma proposta de valorizar a indústria nacional, produzir carros com fornecedores e tecnologias nacionais, contratar os funcionários demitidos com o fechamento da fábrica da Ford como prioridade, usar fornecedores locais, investir em desenvolvimento de tecnologia nacional em parceria com grandes empresas, como a Randon que, por meio de suas verticais de tecnologia, já fornece para a montadora produtos e tecnologia 100% nacionais para a fabricação do primeiro modelo, o Lecar 459.

“Irei morar na Bahia para cuidar pessoalmente dessa operação, que será um grande desafio, que é o de colocar para funcionar a maior planta de fabricação de carros do Brasil, e uma das maiores do mundo, com capacidade produtiva de mais de 400 mil carros por ano”, projeta o (quase) novo baiano.

Flávio Assis: “Com a possibilidade de produzir em Camaçari, vamos fazer alianças estratégicas com investidores para, juntos, criarmos o maior projeto automobilístico do Brasil (Fotos: Divulgação)

Elétricos baianos

Como já disse o CEO, por terras baianas, a empresa quer produzir muito, a começar pelo seu segundo elétrico, tipo hatch, que promete revolucionar o segmento. O veículo terá autonomia de 300 km por carga e será vendido a um preço atrativo de até R$100 mil.

O irmão caçula do Lecar Model 459, primeiro carro elétrico nacional que deve chegar ao mercado em breve, ainda não tem nome definido, mas o CEO pretende lançar campanha pelas redes sociais. “Vamos pedir para o Brasil entrar em nossas redes com sugestões de nomes para nosso carro elétrico 100% brasileiro”, lança o desafio e joga duro no marketing.

Parcerias e impactos 

De acordo com Assis, o Brasil tem 93% dos minerais para produção das células de baterias e, em poucos anos, será autossuficiente nessa produção. “Queremos fomentar parcerias para produção de células de baterias em nossa planta em Camaçari. A idéia é de termos uma indústria pujante e priorizada, com acréscimo de receita, melhoria de seus produtos e compartilhamento de desenvolvimento com muitos fornecedores brasileiros, assim como eles nos acrescentam com os deles”.

O empresário conta que a ideia inicial, no sentido de parcerias, foi com a Embraer X, que está desenvolvendo o Evtol (carro voador). “Queremos compartilhar o desenvolvimento desses produtos e unir as empresas brasileiras para acessar a abundância de nosso país. Assim, juntos, faremos um Brasil mais forte”.

Na mesma linha desenvolvimentista e de produção, Assis diz que a empresa proporcionará as soluções de mobilidade elétrica para vários seguimentos de transporte, a exemplo de transporte de última milha e de passageiros. Tudo isso em parceria com players nacionais dos seguimentos, que ainda não mudaram sua matriz energética de combustíveis fósseis para células de baterias.

“Iniciamos tratativas com a WEG para iniciar o desenvolvimento dos nossos motores, que vamos acelerar com a possibilidade de uma alta escala de produção de nossos carros elétricos, em Camaçari. É bem provável iniciarmos a produção dos nossos carros elétricos na antiga planta da Ford, em Camaçari, com 100% de nacionalização, desenvolvendo tecnologias, priorizando fornecedores e mão de obra locais e, em conjunto com grandes players brasileiros, não tenho dúvida de que esse é o maior movimento de retomada da industrialização nacional”, afirma.

Vale do Lítio

Com a pretensão de se tornar “a casa de inovação do Brasil”, Flávio Assis ressalta que existe muita área na antiga fábrica da Ford, que conta com quatro milhões de metros quadrados de terreno e mais de 380 mil m² de galpões em perfeito estado de conservação.

“É quase do tamanho de uma cidade. Com isso, iremos abrir um hub de P&D, indústria 4.0, atrair startups de todas as áreas, trazer as instituições de ensino para dentro da nossa fábrica, disponibilizar e compartilhar todo desenvolvimento tecnológico gerado em nosso hub entre os participantes”, promete.

Para ele, Camaçari é uma região nobre da Bahia, que fica a apenas 30 minutos do aeroporto de Salvador, onde muitos fornecedores estão instalados e, por isso, com uma grande vocação industrial.

“Vamos acrescentar tecnologia e atrair empresas de serviços para a região, nossa meta para Camaçari é de que, em 10 anos, seremos referência em tecnologia, diz o empresário que, com toda essa artilharia, promete desenvolver um universo de tecnologia e inovação e, quem sabe, criar um novo   Vale do Silício, ou melhor, o Vale do Lítio, na Bahia.


Leia também: Relator apresenta plano de trabalho da CPI da Braskem

Tags: BahiaBYDCamaçaridestaqueFlávio Figueiredo AssisFordLecarRio Grande do SulSão Paulo
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