A Fundação da Liberdade Econômica (FLE) fará o lançamento do programa “Brasil do Amanhã”, na Bahia, no dia 2 de agosto, terça-feira. O evento será no Quality Hotel & Suítes São Salvador, às 9h, e reunirá autoridades e lideranças do Estado. O documento traz uma análise sobre as conjunturas política, ambiental, econômica e social, e apresenta soluções liberais na economia, sob uma perspectiva conservadora, para os principais problemas do País.
O documento, coordenado pelo presidente do Conselho da entidade, o cientista político Márcio Coimbra, ex-diretor da Apex-Brasil e do Senado Federal, e que foi pesquisador do Instituto Friedrich von Hayek, em Viena, organizou resultados de discussões com especialistas renomados de diversos setores acerca das principais problemáticas do País. Nele, são apresentadas propostas para o País e sugerido um rumo ideológico para os candidatos aos cargos proporcionais e majoritários, em nível estadual e federal, nas eleições de outubro.
”Desenvolvemos propostas em doze áreas diferentes, com soluções para questões que consideramos essenciais para o Brasil. Desde a saúde no pós-pandemia, passando pelo setor de infraestrutura, privatizações, relações internacionais, comércio exterior e soluções para a área econômica’’, destaca Coimbra.
O presidente da FLE também ressalta a ênfase do programa para propostas de amparo social, como segurança alimentar e direitos humanos. ‘’São temas fundamentais, especialmente neste momento de transição de uma economia mais fechada para uma economia de mercado, em que as decisões estejam muito mais nas mãos dos brasileiros do que nas dos políticos”, resume.
O “Brasil do Amanhã” foi construído para lidar com os desafios do atual momento econômico, político, social e ambiental, que enfrentam problemáticas sem soluções rápidas. O conteúdo pondera os obstáculos a serem vencidos – retração econômica, crise fiscal, inflação e taxa de juros elevadas, desemprego e desigualdade de renda recordes, taxa de câmbio, nível de investimento insuficiente, população endividada, desgaste democrático, corrupção e violência excessivas, a imagem internacional do País, questões ambientais, além da crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19.
São pautas que demandam consenso e união para que possam ser adequadamente enfrentadas, visando a retomada do caminho da prosperidade socioeconômica. Esse esforço exigirá, de um lado, a construção de um ambiente de credibilidade e de previsão política, institucional e econômica, crucial para a recuperação dos investimentos estruturantes, tanto por parte do setor público quanto, sobretudo, do setor privado. De outro, requererá que o Estado brasileiro seja capaz de atuar com eficácia e eficiência na redução das imensas disparidades sociais e regionais, no combate à pandemia e no provimento de serviços públicos essenciais com qualidade.
Pilares
O documento traz um estudo aprofundado sobre quatro vertentes que são divididas por capítulos. A ideia é apresentar de forma perspicaz os problemas e potenciais do Brasil. O primeiro capítulo trata de “Democracia e Governança Pública”, e recupera as crises experimentadas pelo Brasil nos últimos 20 anos, nos campos econômico, político e sanitário. A análise contempla a pandemia da Covid-19, no início de 2020, período em que o País foi empurrado a um ritmo de atividade mais lento e a população acabou afetada em quase todos os setores. O texto pontua as principais vias para, nesse contexto, defender o fortalecimento da democracia, aperfeiçoamento da governança, revisão do papel do Estado e modernização da gestão pública.
O segundo capítulo, sobre “Crescimento Econômico”, discute soluções para resolver justamente a retração e os impactos dos períodos de recessão enfrentados pelo Brasil, que praticamente não cresceu neste século. A combinação de períodos curtos de expansão econômica, seguidos por outros tantos de redução, fez com que o País estagnasse em termos reais. Em especial, a década de 2011-2020 foi a de menor crescimento econômico dos últimos 120 anos, com uma variação média de apenas 0,3% ao ano.
Responsabilidade Social e Sustentabilidade
Na sequência, o pilar “Responsabilidade Social”, explora ideias e projetos para serem trabalhados nas áreas de saúde, educação, emprego e desenvolvimento social e segurança pública. Propostas para o fortalecimento do SUS, erradicação ou controle de doenças transmissíveis, melhoria da gestão educacional e da qualidade do gasto com educação, redução do analfabetismo funcional, aperfeiçoamento e expansão do ProUni, retomada do ensino no pós-pandemia, retomada do nível de emprego, proteção social diante da crise econômica e sanitária, reestruturação das polícias e o aperfeiçoamento do sistema prisional estão entre os assuntos abordados.
O pilar “Sustentabilidade” fecha o documento lembrando que apenas 17 países no mundo são considerados, em termos ambientais, como megadiversos. No seu conjunto, eles congregam aproximadamente 70% de todas as espécies animais e vegetais do planeta. O Brasil figura como o campeão absoluto em matéria de biodiversidade, abrigando cerca de um terço de todas as espécies vivas conhecidas. Essa imensa riqueza ecológica resulta de um vasto território distribuído por diferentes zonas climáticas. Uma feliz combinação que produziu sete biomas com características muito particulares e especiais, que incluem desde a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, até o Pantanal, a maior planície inundável.
Sobre a FLE
A Fundação da Liberdade Econômica (FLE) é um centro de pensamento, produção de conhecimento e formação de lideranças políticas. É baseada nos pilares da defesa do liberalismo econômico e do conservadorismo. Criada em 2018, a entidade defende fomentar o crescimento econômico, dando oportunidades a todos. Nesse sentido, investe em programas para a formação acadêmica, como centro de pensamento e desenvolvimento de ideias. Ao mesmo tempo, atua como instituição de treinamento para capacitar brasileiros ao debate e à disputa política.