O Governo da Bahia, através da Seinfra, encaminhou, nesta quarta-feira (24/4), à Secretaria de Aviação Civil (SAC) o projeto de ampliação e modernização do Aeroporto de Barreiras. Até 17 de maio, será concluída toda a análise do projeto.
A expectativa é de que a licitação para a contratação da empresa que irá executar as obras seja lançada ainda neste semestre.
O projeto prevê um terminal de passageiros três vezes maior que o atual e uma pista com 1.950 metros de comprimento. O aeroporto ganhará ainda novos e modernos equipamentos de navegação aérea.
Isso significa que o equipamento poderá operar aeronaves a jato, como o Boeing 737.
O aeroporto não será fechado durante as obras.
Os voos atualmente operados pela Azul serão concentrados no período da tarde e as obras serão executadas pela manhã.
Balanço da Coelba
A Coelba fechou o primeiro trimestre do ano com uma receita líquida de R$3,750 bilhões, uma alta de 3% em relação a igual período de 2023.
O lucro líquido, por sua vez, registrou queda de 5% e atingiu R$540 milhões de janeiro a março.
A Coelba detém a concessão para distribuição de energia elétrica em 415 dos 417 municípios da Bahia, e dos municípios de Delmiro Gouveia no Estado de Alagoas e Dianápolis no Estado de Tocantins, abrangendo uma área de concessão de 563 mil km².
A companhia encerrou o 1T24 com 6,653 milhões de consumidores, incremento de 137 mil novos consumidores ante 1T23 (+2,1%).
Bahia da fome
Veja que notícia triste: 4 em cada 10 domicílios na Bahia são afetados, hoje, pela insegurança alimentar. São 2,222 milhões de residências.
Mais de 6,360 milhões de pessoas (42,2% da população do estado) convivem com a preocupação ou incerteza quanto a ter regularmente alimentos na quantidade necessária, até a efetiva redução quantitativa e falta de comida, podendo chegar à ocorrência de fome.
Para encerrar: Em 2023, a Bahia seguiu como o 2º estado com mais lares ameaçados pela fome (339 mil), atrás apenas de São Paulo (523 mil).
As informações são do módulo de “Segurança Alimentar”, inserido pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. O levantamento completo foi divulgado nesta quinta-feira (25/4).
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Pista de 1.950m de comprimento?
Qualquer engenheiro sabe que a pista básica de um projeto desses é de 2.200m de comprimento (2.200 x 45m). 250 metros fazem muita diferença operacional.
Nós sabemos que no Brasil o que fica para o futuro torna-se “provenitivo”, o provisório-definitivo e 1.950m permanecerão eternamente.
Exemplos recentes:
BARREIRAS 1.950 x 45m (risos)
Vitória da Conquista, Bahia 2.100 x 45m
Jericoacoara, Ceará 2.200 x 45m
Maragogi, Alagoas 2.200 x 45m em construção
Dourados, Mato Groso do Sul 2.250 x 45m em construção
Caruaru, Pernambuco 2.250 x 45m em construção
Maringá, Paraná 2.380 x 45m
Florianópolis, Santa Catarina 2.400 x 45m
Juiz de Fora, Minas Gerais 2.525 x 45m
Cabo Frio, Rio de Janeiro 2.550 x 45m
São Gabriel da Cachoeira, Amazonas 2.600 x 45m
Alta Floresta, Mato Grosso **2.500 x 30m
Jaguaruna, Santa Catarina **2.500 x 30m
**Não se constrói pistas acima de 1.800m com apenas 30m de largura. Erro grave.
O Oeste da Bahia precisa de 03 aeroportos com pistas modernas, maiores e alta resistência do piso PCN, do inglês Pavement Classification Number, em completo funcionamento, a fim de, atender principalmente a nova geração de jatos Airbus A320-Neo e A321-Neo e o Boeing 737 Max-8, Max-9 e Max-10, aeronaves Airbus e Boeing de 175 a 230 passageiros.
1 – Barreira deixou de ser um destino regional para se tornar uma cidade de interesse nacional, assim como seu aeroporto. Necessário pista básica de 2.200 x 45m + PCN50.
2 – Luís Eduardo Magalhães, atualmente tem uma pista de 2.000m que a SEINFRA-BA está recapeando e perpetuando triplamente seus erros ao manter a largura da pista em 30 metros, reduzir a pista para 1.800m e manter a resistência do piso com a ultrabaixa resistência asfáltica PCN13, a mesma (infelizmente) construída recentemente em Bom Jesus da Lapa com PCN13, onde deveria ser PCN31. Pista sugerida para LEM 2.000 x 45m + PCN44 ou superior.
3 – Formosa do Rio Preto precisa de 1.600m de pista, dentro do conceito brasileiro de PISTA MÍNIMA REGIONAL, a qual prevê pista de 1.600 x 30 e PCN31 para atender o atual turboélice de 70 lugares e a nova geração de turboélices de alto desempenho de 80, 90 e 100 passageiros em desenvolvimento.
Resumo das necessidades aeroportuárias mínimas para o Oeste da Bahia:
1 – Barreiras 2.200 x 45m + PCN50,
2 – Luís Eduardo Magalhães 2.000 x 45m + PCN44,
3 – Formosa do Rio Preto 1.600 x 30m + PCN31
Sobra Verbas para Adequar e Construir os Aeroportos Brasileiros!!!
A cada ano, o FNAC, Fundo Nacional de Aviação Civil, arrecada em taxas dos passageiros e empresas aéreas até R$ 4.500.000.000,00.
Isso mesmo, entre R$ 4,0 a R$ 4,5 Bilhões de Reais para aplicação em infraestrutura aeroportuária, desapropriações, pistas de pouso, balizamento noturno, luzes Papi e equipamentos, etc. etc. É lei federal.
Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) mostram que, em 2023, o setor público investiu apenas R$ 187 milhões e o setor privado aproximadamente R$ 1,2 bilhão. Já para o ano de 2024, a previsão é que estes valores possam dobrar, atingindo a marca de R$ 480 milhões e R$ 2,6 bilhões, respectivamente.
Para onde vai a diferença dessa verba já arrecadada?
Essa verba só podia ser disponibilizada para o setor e vinha sendo aplicada até 2014, quando o PT alterou a lei para permitir a formação do superávit primário com a verba e ou alocar a outros ministérios.