A quarta estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2019 totalizou, em abril, 7.935.432 toneladas. Ficou levemente superior à estimativa de março (+0,6% ou mais 48.092 toneladas) e, por isso, reduziu um pouco a previsão de queda em relação à safra recorde de 2018 (9.323.119 toneladas), para -14,9%, frente a -15,4% no mês anterior.
O que puxou a pequena alta na previsão da safra baiana de grãos, entre março e abril, foi o aumento de 5,7% na estimativa de produção do algodão herbáceo, de um mês para o outro.
Neste ano, a safra de algodão deve chegar a 1.450.200 toneladas no estado, 16,2% superior à de 2018 (mais 202.046 toneladas) e a segunda maior da história, abaixo apenas da safra recorde de 2011, quando o estado colheu 1.579.764 toneladas do produto.
A Bahia é o segundo maior produtor de algodão do país, atrás apenas de Mato Grosso, e deverá responder por 22,8% da safra nacional em 2019, estimada em 6.362.125 toneladas.
Para o Brasil como um todo, em abril, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2019 foi estimada em 231,5 milhões de toneladas, 2,2% superior à safra de 2018 (mais 5,0 milhões de toneladas) e 0,6% acima da divulgada em março (mais 1,4 milhão de toneladas).
As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
A partir das informações da estimativa de abril, a Bahia mantém sua participação na produção nacional de grãos em 2019: 3,4%, a 8ª maior contribuição. Mato Grosso deverá continuar na liderança, respondendo por 26,9% do total, seguido por Paraná (16,0%) e Rio Grande do Sul (14,6%).
Produtos
A estimativa de abril manteve a previsão de que, em 2019, 12 das 26 safras de produtos investigadas pelo LSPA na Bahia deverão ser maiores do que em 2018.
As safras com previsão de maior crescimento, em termos absolutos, no estado permanecem as de cana-de-açúcar (+900.000 toneladas ou +19,2%), mandioca (+329.925 toneladas ou +21,6%) e milho 2ª Safra (+256.200 toneladas ou +540,5%). As maiores reduções também estão mantidas: soja (-1.308.000 toneladas ou -20,9%), o milho 1ª safra (-641.340 toneladas ou -32,7%) e a laranja (-42.500 toneladas ou -5,1%).