O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em 0,76%, em março, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O IPCA teve forte aceleração em relação a fevereiro (0,18%) e ficou também significativamente acima da deflação de março de 2018 (-0,27%). Foi ainda o maior IPCA para um mês de fevereiro, na RMS, desde 2015, quando havia sido de 0,87%. Os dados são do IBGE.
O IPCA de março na RMS (0,76%) ficou quase igual à média nacional (0,75%). A inflação do mês foi mais alta em São Luís/MA (1,36%), Aracaju/SE (1,21%) e na Região Metropolitana de Porto Alegre/RS (1,18%). Os índices mais baixos foram os da Grande Vitória/ES (0,39%), Região Metropolitana de Belo Horizonte/MG (0,29%) e Goiânia/GO (0,12%).
Com o resultado do mês, o IPCA na RMS acumula alta de 1,32% no primeiro trimestre de 2019. No país como um todo, o índice acumulado neste ano está em 1,51%. Já nos 12 meses encerrados em março, a inflação na RM Salvador fica em 4,75%, acelerando em relação aos 3,68% registrados nos 12 meses encerrados em fevereiro e se situando acima da média nacional (4,58%).
A tabela a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês, acumulado no ano e nos 12 meses encerrados em março de 2019.
Despesas com alimentação e transportes
Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, seis apresentaram altas em março, na Região Metropolitana de Salvador. Grupos que mais pesam nas despesas médias das famílias da RMS, Alimentação e Bebidas e Transportes mostraram forte aceleração nos preços entre fevereiro e março e foram os principais responsáveis pela alta da inflação. Ambos haviam apresentado deflação no mês anterior (-0,04% e -0,39%, respectivamente), mas, em março, tiveram os maiores aumentos médios: 1,56% e 0,83%, respectivamente.
Dentre os alimentos, a maior pressão inflacionária veio dos produtos consumidos em casa. A alimentação no próprio domicílio aumentou 2,27% em média. Dos cinco itens que mais puxaram o IPCA da RMS para cima em março, quatro foram alimentos fundamentais no dia a dia: tomate (44,51%), farinha de mandioca (12,95%), feijão-carioca (13,84%) e batata-inglesa (15,42%).
O feijão-carioca é, de todos os itens que compõem o IPCA, o que mais aumentou no primeiro trimestre de 2019 (+77,99%), enquanto a batata fica com o terceiro maior aumento (+56,28%).
Entre as despesas com transportes, os combustíveis em geral (3,00%) exerceram a principal pressão inflacionária, puxados com mais força pela gasolina (2,91%) e pelo etanol (4,67%) e, em menor escala, pelo óleo diesel (1,8%).
Habitação, saúde e cuidados pessoais
Apesar de terem exercido as maiores pressões de alta na inflação, alguns alimentos e produtos do grupo Transportes tiveram importantes quedas de preço no mês, ajudando a segurar o IPCA. Foi o caso, por exemplo, dos automóveis novos (-1,17%) e usados (-1,88%) e do pão francês (-1,32%).
Dentre os três grupos de produtos e serviços com deflação em março, na Região Metropolitana de Salvador, a principal influência no sentido de conter o IPCA veio dos Artigos de residência (-0,23%), com contribuição importante dos móveis e utensílio (-1,13%).

























