Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, foi de 0,35% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ele voltou a desacelerar (aumentar menos do que no mês anterior), após ter apresentado aceleração em abril, quando tinha sido de 0,50%.
Porém, a inflação de maio na RMS foi maior do que a registrada no Brasil como um todo (0,23%) e a 4ª mais alta entre os 16 locais investigados separadamente pelo IBGE, empatada com a do município de Aracaju/SE (0,35%).
Os índices mais elevados foram registrados nas RMs Fortaleza/CE (0,56%), Belo Horizonte/MG (0,48%) e Recife/PE (0,41%). Por outro lado, o município de São Luís/MA foi o único local a apresentar deflação (-0,38%).
Com esse resultado, a inflação acumulada de janeiro a maio na RM Salvador está em 3,23%, acima da nacional (2,95%) e a maior entre todos os locais pesquisados. Já nos 12 meses encerrados em maio, o IPCA acumula alta de 4,21% na RMS e é o 4º mais elevado do país, abaixo dos registrados na RM São Paulo/SP (5,08%), em Brasília/DF (4,49%) e na Grande Vitória/ES (4,32%). No Brasil como um todo, o acumulado em 12 meses está em 3,94%.
Produtos
A inflação de maio na Região Metropolitana de Salvador (0,35%) foi resultado de altas disseminadas por 8 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. O grupo habitação (2,46%) apresentou o seu maior aumento desde setembro de 2021 (que havia sido de 2,71%), tendo a maior alta de preços e a contribuição mais relevante para a inflação de maio, na RMS.
O principal impacto no grupo veio da energia elétrica residencial (5,95%), item que, individualmente, mais puxou para cima a inflação da RMS no mês. Os aumentos do gás de botijão (2,04%) e do aluguel residencial (1,05%) também foram relevantes para puxar para cima os preços de habitação e o custo de vida em geral.
O grupo que exerceu a segunda maior pressão inflacionária no mês foi alimentação e bebidas (1%), que teve o terceiro maior aumento. O pão francês (3,48%) e o leite longa vida (6,49%) foram as principais influências.
O segundo maior aumento veio do grupo saúde e cuidados pessoais (1,06%), que teve a terceira maior contribuição para aumentar a inflação da RMS, em maio. Os aumentos de preços do perfume (3,55%) e do plano de saúde (1,21%) exerceram as maiores pressões inflacionárias no grupo.
O maior aumento entre todos os itens que compõem o IPCA na RM Salvador, em maio, porém, foi dos jogos de azar (12,18%), que está no grupo despesas pessoais (0,85%). Mesmo tendo um peso relativamente pequeno na composição do índice da RMS, o item foi o 2º mais importante para puxar a inflação para cima.
Por outro lado, com forte deflação, o grupo transportes (-3,02%) foi o único a ter queda de preços na RMS em maio, influenciada principalmente pelos combustíveis
(-8,63%), com a gasolina (-8,61%) sendo o item que mais ajudou a frear a inflação na RMS no mês, e o óleo diesel (-10,66%) e o etanol (-7,03%) também apresentando fortes recuos. Além deles, a passagem aérea (-24,19%) foi o item com a maior queda de preços na RM Salvador, em maio.
INPC
Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da Região Metropolitana de Salvador ficou em 0,56%. O INPC mede a inflação das famílias com menores rendimentos (de 1 a 5 salários mínimos, sendo o/a chefe assalariado/a).
Ao contrário do IPCA, o índice acelerou frente a abril, quando havia sido de 0,37%. Além disso, o INPC da RMS foi o 5º maior do país e ficou acima do nacional (0,36%).
No acumulado nos cinco primeiros meses de 2023, o INPC da RM Salvador está em 3,07%, o 4º mais alto do país, acima do índice nacional (2,79%). Já nos 12 meses encerrados em maio, a RMS tem o 2º maior INPC entre as 16 áreas pesquisadas (4,32%), atrás apenas da RM São Paulo/SP (5,09%). No Brasil como um todo, o indicador fica em 3,74%.