Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação no país, ficou em 0,32% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ficou 0,54 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de abril (-0,22%), segunda maior diferença entres os meses de maio e abril de 2017, ficando atrás de Campo Grande (MS) (0,55 p.p.). Porém, ficou bem abaixo da inflação de maio de 2016 (0,83%).
Em maio, a inflação na Região Metropolitana ficou abaixo da média nacional (0,31%). Ao todo, 12 regiões registraram variações positivas nos preços; maior alta foi em Recife (0,72%) e apenas Belém (-0,13) apresentou variação negativa.
No acumulado em 2017, o IPCA para a Região Metropolitana de Salvador está em 1,38%, bem abaixo do acumulado no mesmo período de 2016 (4,48%) e permanecendo um pouco abaixo da média para o Brasil (1,42%).
Nos 12 meses encerrados em maio, o IPCA na Região Metropolitana de Salvador acumula aumento de 3,56 %, abaixo dos 4,08% registrados nos 12 meses anteriores, encerrados em abril, e abaixo da média nacional nesta comparação (3,60%).
Energia e gasolina foram os que mais contribuíram para inflação
Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, seis apresentaram alta em maio, na Região Metropolitana de Salvador. Habitação (2,62%) teve o maior aumento, seguido por Saúde e cuidados pessoais (0,92%). Foram também, nesta ordem, os grupos que mais puxaram a inflação para cima.
Em Habitação, a energia elétrica residencial exerceu a principal influência. Com variação positiva de 19,27% foi, individualmente, o item que mais contribui para a alta de abril, na RMS. Dentre as regiões pesquisadas, Salvador teve o segundo aumento mais intenso de preços para este item, depois do verificado em Recife (24,05%). O aumento verificado na energia elétrica, ocorreu em todo o pais, reflexo da comparação com o mês anterior que apresentou uma deflação influenciada pelo descontos aplicados sobre as contas, por decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e de modo a compensar os consumidores pela cobrança indevida, em 2016, do chamado Encargo de Energia de Reserva (EER) destinado a remunerar a usina de Angra III.
Além da energia elétrica, a gasolina, que teve alta de 1,5%, também teve contribuição decisiva para o IPCA de abril na RMS. Ambos são produtos de grande peso no orçamento das famílias.
Alimentos e bebidas e transportes foram as principais pressões para baixo na inflação
A inflação na RMS só não foi maior em maio de 2017 porque houve quedas nos preços dos grupos Alimentação e Bebidas (-0,7%) – que tem o maior peso nas despesas das famílias -, Transporte (-0,34%) e Artigos de residência (-0,28%).
Os itens que mais influenciaram para baixo na inflação da RMS foram o gás de botijão (-2,94%), pão francês (-3,37%) e automóvel novo (-1,33%).
Dentre os alimentos, destacam-se as baixas em produtos importantes no consumo cotidiano, como pão francês (-3,37%), frango inteiro (-4,94%), refeição(-0,9%) e cerveja (-2,14%).