Com a colheita da soja a todo vapor, os produtores rurais do oeste da Bahia estão bastante animados com o cenário. Mais da metade da área já foi colhida e os resultados parciais apontam para uma supersafra da oleaginosa. De acordo com dados do 2º levantamento do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), realizado nesta segunda-feira (9), a produtividade média está na casa de 62 sacas por hectare, o que representa um aumento da ordem de 11% em relação ao primeiro prognóstico divulgado em janeiro, quando eram previstas 56 sacas do grão em cada hectare.
O bom resultado, avaliam os técnicos, se deve ao clima favorável, com chuvas bem distribuídas. Somado a isso, a qualidade das sementes e a fertilidade do solo contribuíram para que a colheita fosse acima da média esperada. “Os fatores climáticos foram determinantes para o bom desenvolvimento da cultura, mas o investimento em tecnologia e melhoramento do solo e de sementes também contribuíram muito”, explicou o assessor de Agronegócio da Aiba e membro do Conselho Técnico, Luiz Stahlke.
Conforme anunciado anteriormente, a área cultivada sofreu um acréscimo de 1,3% em relação ao ano passado, saltando de 1,580 milhão de hectares para 1,6 milhão de hectares na safra atual.
Já em ponto de colheita, o milho não deve ir além do que já foi anunciado no primeiro levantamento técnico. Por enquanto, com menos de 5% colhido, a cultura mantém a perspectiva de 165 sacas por hectare, o que representa um aumento expressivo se comparado com as 130 sacas da última safra.
Algodão
O algodão baiano também pode manter o recorde de produtividade da safra anterior, que alcançou a marca de 310 arrobas por hectare. Com o aumento da área plantada, estima-se que a produção da fibra deve ultrapassar 1,226 milhão de toneladas nesta temporada.
Considerando a margem de erro, estes números poderão sofrer pequenas alterações para mais ou para menos. A estatística consolidada deve ser divulgada no próximo levantamento, quando a colheita já terá sido concluída.
O Conselho Técnico da Aiba é formado por representantes de associações de produtores, sindicatos, multinacionais, instituições financeiras e órgãos governamentais. As previsões são feitas sempre considerando fatores como perspectivas de mercado, nível tecnológico, condições climáticas e controle fitossanitário.