A petroquímica Braskem anunciou, nesta quinta-feira (17), que fechou o exercício de 2021 com um lucro líquido de R$13,985 bilhões, mais que o dobro em relação ao resultado de 2020, quando lucrou R$6,692 bilhões. Já o resultado operacional recorrente foi de R$30,3 bilhões, em 2021, 176% superior ao ano anterior. A receita líquida de vendas, por sua vez, chegou ao recorde histórico de R$ 105,6 bilhões em 2021.
Em nota, a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas diz que o ano foi marcado também pelo baixo patamar de alavancagem, pelo retorno da companhia ao grau de investimento na classificação das agências de risco e pelos avanços na pauta ESG (ambiente, responsabilidade social e governança, na sigla em inglês).
“Foi um ano de muitos desafios e conquistas, em que mantivemos como foco a segurança das pessoas, o atendimento aos nossos clientes e a higidez financeira. Foi também marcado por importantes avanços socioambientais que estão ajudando a construir a Braskem do futuro. Reforçamos nosso comprometimento em relação a indicadores de sustentabilidade, como a redução das emissões de CO² e o incremento do portfólio de produtos reciclados e renováveis”, destacou Roberto Simões, presidente da Braskem.
No quarto trimestre de 2021, a Braskem reportou resultado operacional recorrente de R$6,3 bilhões, 40% superior ao mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido foi de R$530 milhões, queda de 37% na comparação com um ano antes. A geração livre de caixa nos últimos três meses de 2021 foi de R$3,1 bilhões, alcançando no ano o recorde de R$10,7 bilhões.
Agência
Em dezembro, a agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou o nível de risco em escala global da Companhia, reconquistando a avaliação de grau de investimento. Em setembro, a Braskem já havia recuperado o grau de investimento pela S&P Global Ratings (S&P). Outro destaque foi o retorno ao Índice de Sustentabilidade da B3 (ISE), o que reflete o compromisso contínuo da companhia com as melhores práticas de governança corporativa, responsabilidade social, gestão econômico-financeira e ambiental.
A pauta ESG teve como destaque, em novembro, a assinatura do memorando de entendimento entre a Braskem e a Lummus Technology, líder global em tecnologias de processos envolvendo eteno, petroquímicos, transição energética, entre outras, para o licenciamento conjunto da tecnologia de eteno verde da Braskem para dois projetos: um em desenvolvimento na América do Norte e outro em análise na Tailândia.
Energia renovável
Até 2021 a Braskem assinou um total de cinco contratos para compra de energia renovável, que vão evitar a emissão de mais de 220 mil toneladas de CO2 por ano, ao longo de 20 anos, totalizando mais de 4,4 milhões de toneladas de CO2 no período.
Além disso, Braskem e a francesa Veolia anunciaram um investimento conjunto de R$ 400 milhões para produzir energia renovável a partir de biomassa de eucalipto em Alagoas. O projeto vai gerar 900 mil toneladas de vapor/ano, durante 20 anos, o que significará a redução de emissões de aproximadamente 150 mil toneladas de CO² por ano. Além disso, ele vai criar mais de 400 empregos diretos durante a fase de construção e aproximadamente 100 postos de trabalho na operação (pós-obra).
Por fim, a Companhia adquiriu uma participação acionária minoritária nas Sociedades de Propósito Específico geradoras de energia eólica Ventos de Santa Amélia e Ventos de Santo Abelardo, ambas controladas pelo FIP Salus do grupo Casa dos Ventos. Tal aquisição acionária está alinhada com a estratégia da Companhia de ampliação do uso de matrizes energéticas limpas em suas operações, inserindo a Companhia no regime de autoprodução de energia renovável.
Quer receber notícias no seu celular? Clique aqui.