O governo da Bahia resolveu abrir o bolso para o ferryboat e anunciou a compra de duas novas embarcações, uma tentativa de melhorar um sistema que já ultrapassou o limite do tolerável. O aviso de licitação foi publicado no Diário Oficial do último sábado, e as propostas das empresas interessadas serão abertas em 26 de novembro.
Pelo edital, os novos ferries deverão acomodar no mínimo 1.200 passageiros e 160 veículos — especificações que mostram uma busca por modernização. Além disso, só serão aceitos ferries com até 8 anos de construídos.
Agora, vamos ao ponto crítico: o sistema é operado pela Internacional Travessias, uma concessionária que parece entender concessão como sinônimo de “receita garantida” sem compromisso com a qualidade e com o bem-estar dos baianos.
A responsabilidade dela?
Arrecadar com tarifas e distribuir o que há de pior em serviço: embarcações caindo aos pedaços, filas intermináveis e um terminal mais próximo do abandono que da organização.
Enquanto isso, quem arca com qualquer investimento que possa melhorar o sistema é o estado.
Em outras palavras, o custo recai integralmente sobre o contribuinte.
Essa situação — uma concessão sem ônus e sem melhorias reais para o público — parece um privilégio que só mesmo a Bahia é capaz de manter.
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