A cidade de Lapão, localizada na Chapada Diamantina, região do semiárido baiano, dispõe agora de um novo parque gerador de energia, capaz de suprir o consumo mensal de eletricidade de 12 mil habitantes. Trata-se de uma usina fotovoltaica, de propriedade da MRV, que promete gerar uma economia superior a R$ 300 mil/ano, somente através da energia captada do sol.
A maior parte da energia gerada será destinada ao abastecimento de unidades da construtora, como obras, escritórios, lojas e demais estruturas físicas presentes. Mas, até o final do ano, uma parcela de clientes da companhia também poderá ser contemplada.
Com mais de 800 painéis fotovoltaicos, instalados em uma área de 3.200 m², estima-se a geração de 490 MWh/ano no local. O volume é suficiente para abastecer quase metade da população de Lapão – que tem 27 mil moradores. A escolha da cidade, aliás, deve-se justamente ao elevado índice de irradiação solar verificado por lá.
Energia e desenvolvimento
Para o município, além da oferta de energia limpa e barata, a usina contribuirá para o aumento de suas receitas, assim como para geração de empregos e, sobretudo, para melhorar a assistência prestada a crianças que vivem em situação de vulnerabilidade social.
O arrendamento da área ocupada pela usina será integralmente revertido para o Instituto Água Viva, que atua em regiões de extrema pobreza do sertão nordestino — onde inclui-se o município de Lapão, que tem um dos mais baixos índices de IDH do país (0,596), com renda per capta próxima de ½ salário-mínimo.
“Além do desenvolvimento ambiental proporcionado pela geração de energia solar, a MRV também busca o desenvolvimento social das áreas em que atua. A construção dessa usina está alinhada a esse pensamento, que também coaduna com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), apresentados pela ONU para a próxima década”, explica Raphael Lafetá, diretor executivo de Relações Institucionais e Sustentabilidade da MRV.
Compromisso socioambiental
Ele destaca que a companhia é signatária do Pacto Global da ONU e tem entre seus compromissos a redução das emissões dos gases de efeito estufa e a obtenção de energia renovável, a partir do cumprimento de metas fixadas até 2030. “Esses compromissos também agregam ações de cunho social, e a usina reúne tudo isso. Ela sem dúvida será um elemento de grande transformação social e ambiental”.
Embora já em operação, a usina permanecerá em fase de testes até o próximo dia 26. Até lá, uma equipe de técnicos ficará incumbida de avaliar permanentemente o funcionamento dos equipamentos, de modo a assegurar o pleno funcionamento de todos.
Trata-se da segunda usina solar inaugurada pela MRV. A primeira fica em Uberaba (MG) e está em operação desde novembro de 2021, gerando mais de 1.000.000 kWh/ano — o suficiente para suprir o consumo 25 mil habitantes de uma cidade, por mês.