O Museu do Saneamento Embasa (MuSa) foi aberto à visitação após cerimônia de reinauguração realizada esta semana. Antes conhecido como Museu Arqueológico da Embasa, o espaço passou por reforma e reestruturação do seu acervo, que passa a abrigar, além das peças arqueológicas resgatadas durante obras realizadas pela empresa, equipamentos utilizados na operação de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
O acervo conta parte da história do saneamento no estado da Bahia através de objetos como balas de canhão resgatadas no bairro do Comércio, em Salvador; sifão de porcelana oriundo de Cachoeira; pilões e machados de pedras pré-históricos e roda de fiar vindos de Cristalândia e Lagoa da Torta (Igaporã); fósseis encontrados em Cachoeira e Muritiba; moedas achadas em Vila de Igatu; moenda de cana-de-açúcar e ralador de mandioca resgatados em Lagoa da Torta; entre outros achados arqueológicos.
Funcionamento
O MuSa está instalado em um prédio de estilo colonial tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), anexo ao antigo reservatório Cruz do Cosme, situado no bairro da Caixa D’Água, em frente ao Hospital Ana Nery, em Salvador. O horário de funcionamento é de terça a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h; a marcação de visitas pode ser realizada através do site www.embasa.ba.gov.br (Institucional > Universidade Corporativa > Museu do Saneamento Embasa).
História
No local onde está instalado o MuSa, foi construído, na segunda metade do século XIX, o primeiro reservatório de água do país pela Companhia do Queimado, primeira distribuidora de água canalizada do Brasil. O Cruz do Cosme era um conjunto de três reservatórios, sendo um apoiado e dois elevados, que armazenavam a água que vinha das estações do Retiro e Queimado. Os reservatórios elevados, que contribuíram para dar nome ao bairro Caixa d’Água, abasteciam as zonas mais altas da cidade, que, com o crescimento populacional, começavam a ser ocupadas. O conjunto tinha um sistema de bombeamento movido a vapor, pois não existia fornecimento de energia elétrica para a região do Queimado naquela época. Esse primeiro sistema de abastecimento de água do Brasil foi inaugurado em 1857, por Dom Pedro II, e funcionou até 1930.