A região Nordeste do Brasil registrou queda em fusões e aquisições em 2022, de 10,2% na comparação com 2021, quando foram registradas 98 transações. O número das operações no Nordeste corresponde a 5,09% do total de 1.728 transações realizadas no Brasil em 2022. São Paulo lidera nacionalmente, com 1109 transações, atingindo 64% do total nacional.
Os dados constam na tradicional pesquisa da KPMG sobre o assunto, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira. Segundo o conteúdo, em 2022, foram realizadas as quantidades a seguir de operações nas seguintes Unidades Federativas: Alagoas (1), Bahia (23), Ceará (20), Maranhão (1), Paraíba (12), Pernambuco (17), Piauí (2), Rio Grande do Norte (8), Sergipe (4).
“Os números regionais de fusões e aquisições evidenciam que o Nordeste obteve queda em seu espaço nos negócios nacionais. O resultado das operações desse tipo entre um ano e outro mostra, a performance desses Estados e indica um cuidado é preciso ter para o fortalecimento da economia e dos negócios na região”, afirma Paulo Ferezin, sócio de Mercados Regionais da KPMG no Brasil.
A pesquisa da KPMG revelou ainda que o Brasil registrou 1.728 fusões e aquisições em 2022, uma queda de 12% na comparação com 2021, o melhor ano da série histórica, quando foram registradas 1.963 transações. Os números trimestrais de operações em 2022 foram reduzindo ao longo do ano, com 344 transações no quarto trimestre, 370 no terceiro, 461 no segundo e 553 no primeiro. Os setores que mais se destacaram em 2022 foram os seguintes: Empresas de Internet (640 transações), Tecnologia da Informação (268), Serviços para Empresas (102), Instituições Financeiras (99), Telecomunicações e Mídia (61), Companhias de Energia (54) e Educação (53).
“O ano de 2022 foi o segundo mais forte em nossa série histórica, elaborada desde 2003. Apesar disso, observou-se uma redução gradativa no número de transações desde o primeiro trimestre. O principal motivo para essa queda foi a redução do apetite dos investidores por empresas de tecnologia, que têm historicamente contribuído com a grande maioria do número de transações. Outros motivos que justificam essa queda foram a piora do cenário econômico internacional e o aumento das incertezas de médio e longo prazo no cenário econômico local, acentuado no segundo semestre do ano”, analisa Luis Motta, sócio-líder de Fusões e Aquisições Proprietárias da KPMG no Brasil.
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