Além da 4ª maior população recenseada, a Bahia também teve o 4º maior número de domicílios visitados pelo Censo 2022: 6.873.605. Frente a 2010, esse total cresceu 35,7%, o que representou mais 1.809.235 residências em 12 anos. Embora tenha sido expressivo e acima do verificado nacionalmente, o crescimento percentual do número de domicílios na Bahia foi apenas o 20º dentre os 27 estados.
No Brasil como um todo, foram recenseados, em 2022, 90.688.021 domicílios, 34,2% a mais do que em 2010 (mais 23.118.333 residências). Roraima (+53,7%, chegando a 211.862 domicílios), Amazonas (+44,8%, indo a 1.307.114) e Goiás (+44,8%, chegando a 3.211.145) tiveram os maiores aumentos percentuais, enquanto Rio de Janeiro (+25,3%, indo a 7.714.983 domicílios), Rio Grande do Sul (+25,6%, chegando a 5.327.241) e São Paulo (+32,0%, indo a 19.640.954 domicílios) tiveram os crescimentos mais tímidos.
Dos 6.873.605 domicílios visitados pelos recenseadores na Bahia, 5.086.813 (74,0%) eram particulares permanentes ocupados (onde morava alguém), 1.097.674 (16,0%) estavam vagos (não tinham moradores) e 675.284 (9,8%) eram de uso ocasional (onde as pessoas não moram, mas podem passar algum tempo eventualmente, como casas de praia/veraneio/de campo, sítios etc.).
Todas as espécies de domicílios mostraram crescimento frente ao Censo de 2010: o número de ocupados aumentou 23,9%, o de vagos cresceu 78,1% e o de uso ocasional pouco mais que dobrou, aumentando 102,3%. Mesmo aumentando, os domicílios ocupados perderam participação no total (de 81,1% do total, em 2010, para 74,0% em 2022), enquanto os vagos (de 12,2% para 16,0%) e os de uso ocasional (de 6,6% para 9,8%) ganharam participações.
Com o aumento do número de domicílios ocupados (+23,9%) num ritmo muito superior ao da população (+0,9%), a Bahia viu a média de moradores por residência no estado recuar de 3,4 em 2010 para 2,8 em 2022. Esse movimento foi generalizado: ocorreu para o Brasil como um todo, onde a média de moradores por domicílio caiu de 3,3 para 2,8, e em todos os estados.
A Bahia teve o 2º maior recuo proporcional no número médio de moradores por domicílio, entre os Censos 2010 e 2022 (-18,8%). A queda só foi menor do que a registrada em Sergipe (-19,3%, de 3,5 para 2,8). Já a redução absoluta da média de moradores por domicílio na Bahia (-0,64) foi a 8ª mais intensa. Estados como Maranhão, Pará e Amazonas, que estavam entre as maiores médias em 2010, também foram os que mostraram as maiores reduções absolutas.
Assim, a Bahia, que tinha a 11ª maior média de moradores por domicílio do país no Censos de 1991 (4,7) e de 2000 (4,1), caiu para a 15ª em 2010 (3,4) e para 19a em 2022 (2,8).