Com uma agenda de trabalho de dois dias com a categoria petroleira na Bahia, no domingo e nesta segunda-feira (3), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou que o processo de venda do Polo Bahia Terra está suspenso para avaliação pela nova diretoria da empresa, cujo conselho de administração (CA) assume em 27 de abril. “Vamos incluir no novo Plano Estratégico da companhia o retorno das atividades no Polo Bahia, com a retomada das operações, novos investimentos e o fortalecimento de outras matrizes. A Petrobras fica na Bahia”, disse Prates.
“Os petroleiros ouviram de Prates que deverá ser mais fácil sustar a privatização de Bahia Terra, pois nesse caso não houve signing ou closing (assinatura de contrato definitivo de compra e venda); só havia negociações prévias”, reforçou o coordenador- geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, presente ao encontro.
A gestão anterior da Petrobras vinha negociando a venda do Polo Bahia Terra com um consórcio de empresas formado por PetroReconcavo e Eneva. Os campos do Polo Bahia Terra, com 37 poços e cerca de 4,5 mil trabalhadores, produzem óleo parafínico, que vai para a Refinaria de Mataripe , antiga Landulpho Alves (Rlam), e para o Polo Industrial de Camaçari, também na Bahia.
PBio
Em relação à PBio, unidade da Petrobras voltada para produção de biocombustíveis, Prates disse que a unidade será remodelada para atuar na Bahia junto com o fortalecimento da agricultura familiar, ao fornecimento de matéria-prima para a própria PBio e para o coprocessamento de óleo diesel H-BIO nas refinarias. “Prates ressaltou que a nova administração vai remodelar também a Petrobrás no estado baiano, com características de atuação para energias renováveis”, relatou Bacelar, considerando “bons compromissos assumidos pelo novo presidente”.
Na ocasião, o presidente da estatal recebeu uma carta com reivindicações da categoria para atender demandas de aposentados, pensionistas, trabalhadores da ativa e terceirizados.
Entre as principais demandas apresentadas, destacam-se a garantia da permanência dos trabalhadores da Petrobrás na Bahia, incluindo aqueles que foram transferidos, e o aumento de investimentos da empresa na região.
Torre Pituba
Na manhã desta segunda-feira, Jean Paul Prates visitou à Torre Pituba, um dos edifícios administrativos da Petrobras em Salvador. O prédio tem capacidade para mais de cinco mil empregados, conta com 22 andares, estacionamento com 2.600 vagas e um espaço anexo, mas encontra-se hibernado. “A Torre Pituba é essencial na garantia de que nossos trabalhadores e trabalhadoras voltem a frequentar este espaço, que possui certificação LEED Gold de sustentabilidade e eficiência energética e predial”, afirmou.