O custo da cesta básica em Salvador registrou redução de 4,18% em maio em relação a abril e passou a custar R$ 351,31, contra os R$ 366,63 registrados no mês anterior. Este é o segundo menor valor dentre as 27 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa. Na variação em 12 meses, os gêneros alimentícios apresentaram redução de -0,79% em Salvador, de junho de 2016 a maio de 2017.
Em maio, as reduções foram registradas no preço médio do tomate (-30,10%), do açúcar cristal (-8,79%), do arroz branco (-5,09%), do leite (-3,42%), da banana da prata (-2,79%), do óleo de soja (-1,55%) e do café (-1,25%). Por sua vez, os aumentos ocorreram no preço do feijão carioquinha (13,85%), da manteiga (2,12%), do pão francês (1,95%), da carne de primeira (1,55%) e da farinha amarela (0,92%).
Em maio de 2017, o trabalhador soteropolitano remunerado pelo salário mínimo, comprometeu 82 horas e 29 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais. Em abril, houve um comprometimento maior. Naquele mês, foram necessárias 86 horas e 5 minutos. Quando se compara o custo da cesta em relação ao salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, o comprometimento foi de 40,75% em abril, percentual menor que os 42,53% de abril.
Outras capitais
Em maio, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 16 das capitais brasileiras e aumentou em outras 11, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores quedas foram registradas em Fortaleza (-4,39%), Palmas (-4,25%), Salvador (-4,18%) e Vitória (-2,20%). Já as elevações foram observadas em Recife (2,89%), São Paulo (2,83%) e Aracaju (1,96%).
Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 460,65), seguida por São Paulo (R$ 458,93), Florianópolis (R$ 446,52) e Rio de Janeiro (R$ 442,56). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 333,15) e Salvador (R$ 351,31).
Em 12 meses, 16 cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram observadas em Natal (8,14%), Fortaleza (7,83%) e Aracaju (7,59%). As reduções ocorreram em 11 capitais, com destaque para Belo Horizonte (-4,38%), Brasília (-4,32%) e Manaus (-2,89%).
Nos primeiros cinco meses de 2017, 11 capitais acumularam alta, com destaque para Recife (9,03%), Aracaju (6,10%), Teresina (4,86%) e João Pessoa (4,82%). As maiores retrações aconteceram para Rio Branco (-13,34%), Cuiabá (-5,56%), Manaus (-5,10%) e Maceió (-3,59%).
Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em maio de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.869,92, ou 4,13 vezes o mínimo de R$ 937,00. Em abril de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.899,66, ou 4,16 vezes o mínimo vigente. Em maio de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.777,93, ou 4,29 vezes o piso vigente, que equivalia a R$ 880,00.