O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,73%, em maio, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O índice voltou a apresentar aceleração, registrando uma alta maior que a do mês anterior (havia sido de 0,30% em abril). O índice foi o 3º maior IPCA-15 do país, dentre os 11 locais pesquisados separadamente, sendo superior ao nacional (0,51%) e ficando abaixo apenas dos registrados na RM Belo Horizonte/MG (0,90%) e no município de Goiânia/GO (0,83%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de abril e 15 de maio de 2023. No acumulado no ano de 2023, o IPCA-15 da RMS stá em 3,23%, maior que o do Brasil como um todo (3,12%) e o 5º mais alto entre as 11 áreas pesquisadas.
Já nos 12 meses encerrados em maio, por sua vez, a RMS tem o 2º maior IPCA-15 acumulado do país (4,73%), abaixo apenas da RM São Paulo/SP (4,95%). O índice nacional está em 4,07%.
Habitação e saúde
A aceleração do IPCA-15 de maio na Região Metropolitana de Salvador (0,73%) foi resultado de aumentos nos preços médios de sete dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice.
Os grupos habitação (2,39%) e saúde e cuidados pessoais (1,89%) tiveram os maiores aumentos médios e também exerceram as principais pressões inflacionárias na prévia do mês.
A alta dos preços na habitação foi liderada pela energia elétrica residencial (5,83%), que foi o item que exerceu a maior pressão inflacionária no mês, na RMS. O aumento do preço do gás de botijão (2,05%) também foi um importante impacto para a alta geral do grupo.
Já entre as despesas com saúde, as principais pressões de alta vieram dos produtos farmacêuticos (3,31%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março, e dos planos de saúde (1,21%).
Na prévia de maio, a alta dos preços dos alimentos apresentou aceleração (0,81%, frente a 0,06% em abril), com o leite longa vida (8,73%) tendo o aumento mais significativo no mês. Porém, as carnes (-0,64%) tiveram queda de preço.
Por outro lado, entre os dois grupos de produtos e serviços que tiveram deflação, segundo o IPCA-15 de maio, os transportes (-1,08%) apresentaram a queda mais acentuada e também deram a principal contribuição no sentido de segurar o índice.
As principais influências para a queda geral no preço dos transportes na RMS foram os combustíveis (-2,93%), em especial a gasolina (-2,58%) e o óleo diesel (-6,71%); além da passagem aérea (-24,93%), que foi o item que apresentou a maior redução de preços no mês.
O outro grupo a apresentar deflação na RMS em maio foi o dos artigos de residência (-0,43%), puxada pela queda dos preços dos aparelhos eletroeletrônicos (-0,70%), como o televisor (-2,71%).