O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,35%, em setembro, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 15 de agosto e 13 de setembro. Após ter registrado deflação de -0,11% em agosto, o IPCA-15 da RMS mostrou forte aceleração em setembro, ficou bem acima do índice nacional (0,13%) e foi o mais alto dentre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE.
Foi também a prévia da inflação mais elevada para um mês de setembro, na RMS, desde 2021 – quando tinha ficado em 0,89%. Abaixo da RMS, os maiores IPCA-15 de setembro foram os registrados nas RMs Porto Alegre/RS (0,32%) e Belo Horizonte/MG (0,26%). No outro extremo, as RMs Recife/PE (-0,37%) e Belém/PA (-0,22%), o município de Goiânia/GO (-0,14%) e a RM Fortaleza/CE (-0,14%) apresentaram deflações.
Com o resultado do mês, o IPCA-15 da RMS acumula alta de 3,31% no ano de 2024 (janeiro a setembro). Acelerou frente a agosto (quando estava em 2,95%), passou a ficar acima do índice nacional (3,15%) e subiu de 5º para 2º mais elevado entre os 11 locais pesquisados, só abaixo da RM Belo Horizonte/MG (4,62%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em setembro, o IPCA-15 da RMS está em 4,07%, mantendo-se abaixo do nacional (4,12%) e ficando como o 6º entre os 11 locais pesquisados.
Gás de cozinha e gasolina
O IPCA-15 de setembro na Região Metropolitana de Salvador (0,35%) foi resultado de aumentos nos preços em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para formar o índice.
Apenas o grupo alimentação e bebidas teve deflação, ou queda média dos preços, na prévia do mês (-0,86%). Foi o terceiro recuo seguido nos preços dos alimentos, segundo o IPCA-15, que, por terem o maior peso na composição do índice, ajudaram a evitar uma alta ainda mais expressiva da prévia da inflação de setembro, na RMS.
Todos os 10 produtos ou serviços que mais baixaram de preço na RMS, segundo o IPCA-15 de setembro, foram alimentos comprados para consumo em casa. Eles foram liderados pela cebola (-34,22%), pelo tomate (-29,62) e pela batata-inglesa (-20,85%), que também foram os itens que mais contribuíram para segurar a alta geral de preços, na prévia da inflação.
As principais pressões inflacionárias, por sua vez, vieram de habitação (1,44%) e transportes (0,91%), respectivamente, grupos de despesas que registraram as maiores altas, na RMS.
Entre os preços relacionados a moradia, a principal contribuição para puxar a prévia da inflação de setembro para cima, na RMS, veio do gás de cozinha (3,04%), seguido pelas taxas de água e esgoto (3,02%), refletindo reajuste tarifário a partir de 1º de agosto, e pela energia elétrica (1,18%), em decorrência da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, a partir de 1º de setembro.
Já no grupo transportes, os combustíveis (2,15%) deram, novamente, a principal contribuição, puxados mais uma vez pela gasolina (2,17%), que exerceu a maior pressão inflacionária individual no IPCA-15 de setembro. Houve influência importante também das passagens aéreas (7,76%), que registraram o 2º maior aumento dentre todos os produtos e serviços pesquisados para formar o índice.
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