O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,58%, em abril, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O índice mostrou desaceleração em relação a março, quando havia sido de 0,88%, mas ainda ficou bem acima do registrado em abril do ano passado (0,09%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 16 de março e 13 de abril.
A prévia da inflação de abril na RMS (0,58%) ficou bem próxima da nacional (0,60%) e foi a 5ª entre as 11 áreas pesquisadas. O índice foi maior em Brasília (0,98%), na Região Metropolitana de Curitiba/PR (0,88%) e na RM Rio de Janeiro/RJ (0,83%). As RMs de Belém/PA (0,39%), São Paulo/SP (0,47%) e Recife/PE (0,48%) tiveram os menores IPCA-15 em abril.
No acumulado de janeiro a abril de 2021, o IPCA-15 da RMS está em 2,53%. Segue abaixo do índice do Brasil como um todo (2,82%) e é o 2º menor entre os 11 locais pesquisados, acima apenas do verificado na RM São Paulo/SP (2,24%).
Nos 12 meses encerrados em abril, o índice acumula alta de 5,53% na RMS. Segue acelerando frente aos 12 meses encerrados em março (5,03%), mas ainda se mantém menor que o indicador nacional (6,12%) e é o 3º mais baixo entre as áreas pesquisadas separadamente.
Combustíveis e alimentos consumidos em casa
O IPCA-15 de abril na Região Metropolitana de Salvador (0,58%) foi resultado de aumentos nos preços médios de seis dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Assim como já havia ocorrido em fevereiro e março, os transportes tiveram a maior alta em abril (1,82%) e foram mais uma vez a principal pressão na prévia da inflação do mês.
Os combustíveis (4,43%) seguem puxando o grupo e a alta do custo de vida em geral na RMS. A gasolina (4,74%) foi pelo terceiro mês consecutivo o item que individualmente mais contribuiu para o aumento do IPCA-15, acumulando um avanço de 20,45% no ano de 2021. Ainda assim, houve importante desaceleração em relação a março, ou seja, os preços aumentaram menos na prévia de abril do que no mês anterior.
Assim como havia ocorrido em março, o grupo alimentação e bebidas (0,52%) exerceu a segunda maior pressão de alta no IPCA-15 de abril, na RMS – mesmo mostrando também desaceleração no ritmo do aumento (havia sido de 0,90%no mês anterior).
O grupo foi puxado pelos produtos consumidos em casa (0,80%), uma vez que a alimentação fora mostrou deflação média (-0,265). Panificados (3,05%), leite e derivados (1,65%) e aves e ovos (1,68%) estiveram entre as principais pressões de alta.
Dois outros aumentos significativos no IPCA-15 de abril foram o aluguel residencial (1,32%) e o gás de botijão (1,93%). Este último acumula alta de 13,59% no ano de 2021.
Os dois lideraram os impactos inflacionários no grupo habitação (0,30%), que só não aumentou mais porque foi puxado para baixo pela deflação da energia elétrica (-1,64%), que teve a terceira queda média de preços consecutiva na RM Salvador e foi o item que individualmente mais contribuiu para segurar a alta do IPCA-15 em abril.
Os três grupos de produtos e serviços com deflação na prévia do mês foram comunicação (-0,40%), puxado pelos aparelhos telefônicos (-1,95%); educação (-0,17%), puxado pelos cursos de atividades físicas (-2,39%); e despesas pessoais (-0,03%), puxado pela hospedagem (-2,71%).