BA de Valor
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Colunistas
  • Notas de Bolso
  • Business Lounge
  • Quem Somos
  • Anuncie
  • Contato
  • Política de Privacidade
BA de Valor
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
Sem resultado
Ver todos os resultados
BA de Valor
PUBLICIDADE
Capa Economia

Primeira reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados avalia perspectivas para a safra 2024/2025

Setor discute cenário global, guerra comercial e impactos no consumo, além das projeções de produção e exportação da fibra.

REDAÇÃO por REDAÇÃO
21/03/2025
em Economia, Economia Baiana
Tempo de Leitura: 5 minutos
A A
0
Primeira reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados avalia perspectivas para a safra 2024/2025

Foto: Divulgação

Share on FacebookShare on Twitter

Com expectativa de crescimento de área plantada estimada em 10,3% – 2.145,5 milhões de hectares – em 2024/2025, a safra brasileira de algodão deve chegar a 3,95 milhões de toneladas do produto beneficiado (pluma), de acordo com os números apresentados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na quarta-feira (19), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada em Brasília. Guerra comercial, cenário econômico global, preços e pontos de atenção em relação do clima deram o tom da reunião de número 78ª da câmara, a primeira de quatro anuais.

Além de incremento de área e produção e exportações, o setor pode ter um aumento de até 20 mil toneladas no consumo da indústria nacional, que no ano passado fechou em 750 mil toneladas e o Brasil tem ampliado mercado para além da China, em países como Egito, Paquistão e Índia. A próxima reunião da Câmara está prevista para 30 de junho.

Normalidade

A estimativa da área de lavouras ocupadas com a cultura é um pouco superior ao projetado pela Conab na safra passada, que foi de 3,70 milhões de toneladas. A confirmação vai depender do desempenho da produtividade esperada pelos cotonicultores, em 1842 quilos por hectare, o que já representa 3,2% a menos do que a registrada no ciclo anterior. No momento, ocorrências de veranicos têm alertado produtores em algumas regiões de estados como Bahia e Goiás.

De acordo com o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, que conduziu a reunião pela primeira vez, sucedendo o ex-presidente da associação e da Câmara, Alexandre Schenkel, os números ainda são preliminares, já que a safra em Mato Grosso, maior produtor do país, está no início.

“Podemos dizer que tudo está ocorrendo dentro da normalidade até aqui, mas existem preocupações com relação ao clima, e alguns estados já sentem os efeitos da estiagem. Mas tivemos notícias de que hoje (19), já choveu na Bahia, por exemplo. De todo modo, ainda é cedo para fechar as previsões. Preferimos sempre ser conservadores em nossas projeções”, afirmou Picolli.

Guerra Comercial

O tema do clima perdeu protagonismo na reunião para a pauta que tem sido o foco das atenções de produtores, exportadores e indústria, a guerra tarifária entre Estados Unidos e China, e as repercussões sobre o consumo da fibra. De acordo do diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, a nova fase da guerra comercial – a primeira foi em julho de 2018 – traz impactos diretos para o algodão brasileiro. Dentre os positivos, Duarte destacou a melhoria do basis na Ásia, uma maior competitividade no mercado chinês e a possibilidade de aumento das exportações no curto prazo.

“No entanto, há desafios, como a queda nas cotações da Bolsa de Nova York, maior concorrência em outros mercados e o fato de que o Brasil já ampliou significativamente sua participação na China, reduzindo o espaço para novos ganhos expressivos. Além disso, como o algodão importado pela China é majoritariamente usado para exportação de produtos têxteis, a taxação sobre esses bens pode limitar a demanda”, explicou. Segundo o diretor, com as novas tarifas anunciadas para 2025, os EUA podem perder ainda mais participação na China, consolidando o Brasil como principal fornecedor, mas sem a mesma intensidade da primeira fase da guerra comercial, num primeiro momento.

De Minimis

Ainda de acordo com Marcelo Duarte, o fim da isenção fiscal “De Minimis” – que permitia importações de até US$ 800 sem tributação, nos EUA – também pode afetar o consumo global, reduzindo a competitividade dos produtos têxteis chineses à base de poliéster e contribuindo para o aumento da demanda por produtos de maior qualidade, feitos de algodão. “Isso pode significar menor demanda por produtos sintéticos de baixa qualidade via correios e maior importação de produtos de algodão via os canais convencionais de importação”, explicou.

Exportações

De acordo com os números apresentados pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) na reunião, de julho de 2024 até março de 2025, o Brasil já embarcou 2,2 milhões de toneladas de pluma, enquanto no último ano comercial (jul2024/jun2025), o volume de algodão exportado foi de 2.58 milhões de toneladas. O presidente da Anea, Miguel Faus, afirma que o cenário global é de preços reprimidos, devido a uma demanda internacional enfraquecida, influenciada por fatores como inflação e baixas taxas de juros. “A China segue sendo um destino importante para o algodão brasileiro, mas a concorrência dos Estados Unidos deve se intensificar em mercados onde o Brasil tem se consolidado nos últimos anos, como Índia, Egito, Paquistão, Bangladesh, Vietnã e Turquia”, destacou.

“Os Estados Unidos, por sua vez, estão negociando um acordo de livre comércio com a Índia para isentar 60 mil toneladas de algodão da tarifa de importação, o que pode impactar a participação brasileira nesse mercado”, disse Faus.

Metade já vendida

Segundo o presidente da Anea, a logística de exportação tem se destacado, permitindo que o Brasil bata recordes no escoamento do algodão. “A logística não deve ser um grande problema, desde que haja disponibilidade de navios, contêineres e rotas de transporte – atualmente, cerca de 50% da safra já foi vendida”, disse. Os números divulgados pelo USDA confirmam o maior exportador mundial de algodão também nesta safra.

“Quanto aos preços, a tendência é de estabilidade, uma vez que a produção global ainda supera o consumo, limitando aumentos significativos nos valores. A demanda também está abaixo do esperado, o que impede uma valorização expressiva do produto. No entanto, o mercado tem mostrado uma autorregulação: quando os preços caem muito, a demanda tende a crescer, o que ajuda a equilibrar as cotações.

Indústria

O setor têxtil brasileiro fechou 2024 com crescimento de 4,8%, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), presente à reunião. A confecção avançou quase 4% e o varejo, cerca de 3%. No entanto, as importações cresceram cerca de 20%, o que preocupa a indústria.

“Quando as importações crescem em um ritmo bem superior ao do mercado, perdemos espaço”, alerta Fernando Pimentel, presidente da Abit, destacando que 23% a 25% do vestuário vendido no Brasil já vem do exterior. Para 2025, segundo a entidade, o cenário é de insegurança, com juros elevados e pressão sobre o consumo. A expectativa de crescimento caiu para 2% no setor têxtil e até 1% na confecção, bem abaixo dos números de 2024. “O consumidor está espremido pelos preços dos alimentos, energia e outros itens essenciais, o que reduz sua capacidade de compra”, aponta Pimentel.

A boa notícia da indústria para os produtores é que o consumo de algodão no mercado interno pode crescer até 20 mil toneladas. Mas depende do cenário econômico. “Se não houver mudança forte nos preços relativos favorecendo os sintéticos, dá para imaginar um leve avanço”. Ele reforça que a competição global segue desigual: “Não temos oposição ao comércio internacional, mas sim a um comércio desequilibrado e desleal”, concluiu.

Tags: algodãodestaqueindústria
Artigo Anterior

Outono começa com previsão de temperaturas acima da média

Próximo Artigo

Tire dúvidas sobre consignado para CLT, que entra em vigor nesta sexta

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Lula avalia vetar taxação federal de compras internacionais até US$ 50
Economia

Brasileiros gastaram quase R$ 15 bilhões com encomendas internacionais em 2024

Bahia registra alta de 24% na produção mineral comercializada nos primeiros cinco meses de 2025
Economia

Bahia registra alta de 24% na produção mineral comercializada nos primeiros cinco meses de 2025

Homem escrevendo com uma mão e segurando uma carteira de trabalho com a outra
Economia

Setor de serviços puxa crescimento do emprego formal no Nordeste

Próximo Artigo
Homem com cédulas de real nas mãos

Tire dúvidas sobre consignado para CLT, que entra em vigor nesta sexta

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

  • EM ALTA
  • COMENTÁRIOS
  • ÚLTIMAS
Bebida alcoólica e direção: celebre o São João sem “acidentes”!

Bebida alcoólica e direção: celebre o São João sem “acidentes”!

Detran-BA é destaque com plataforma de inteligência artificial

Detran-BA é destaque com plataforma de inteligência artificial

Marcelo Silvestre, CEO da Galvani Fertilizantes

CEO da Galvani Fertilizantes detalha investimento de R$ 1 bilhão na Bahia

Ilustração de visão do fundo do mar

Bahia será sede regional do maior evento de ciência, tecnologia e inovação do país

Fazenda Franciosi

A história de sucesso da Fazenda Franciosi

Alunos da rede pública de ensino

Jerônimo Rodrigues oficializa programas de CNH gratuita para estudantes e inscritos no CadÚnico

Lula avalia vetar taxação federal de compras internacionais até US$ 50

Brasileiros gastaram quase R$ 15 bilhões com encomendas internacionais em 2024

Bahia registra alta de 24% na produção mineral comercializada nos primeiros cinco meses de 2025

Bahia registra alta de 24% na produção mineral comercializada nos primeiros cinco meses de 2025

Brasil participa de programa de descarbonização da indústria com investimento de US$ 250 milhões

Brasil participa de programa de descarbonização da indústria com investimento de US$ 250 milhões

ONU lança apelo global pelo uso da IA no progresso social

ONU lança apelo global pelo uso da IA no progresso social

Homem escrevendo com uma mão e segurando uma carteira de trabalho com a outra

Setor de serviços puxa crescimento do emprego formal no Nordeste

indicador

Copom eleva juros básicos da economia para 15% ao ano

Lula avalia vetar taxação federal de compras internacionais até US$ 50

Brasileiros gastaram quase R$ 15 bilhões com encomendas internacionais em 2024

Bahia registra alta de 24% na produção mineral comercializada nos primeiros cinco meses de 2025

Bahia registra alta de 24% na produção mineral comercializada nos primeiros cinco meses de 2025

Brasil participa de programa de descarbonização da indústria com investimento de US$ 250 milhões

Brasil participa de programa de descarbonização da indústria com investimento de US$ 250 milhões

ONU lança apelo global pelo uso da IA no progresso social

ONU lança apelo global pelo uso da IA no progresso social

Homem escrevendo com uma mão e segurando uma carteira de trabalho com a outra

Setor de serviços puxa crescimento do emprego formal no Nordeste

indicador

Copom eleva juros básicos da economia para 15% ao ano

PUBLICIDADE

COLUNISTAS

Miguel Gomes, CEO do Grupo Vivhas

Transformação digital na saúde: eficiência e experiência elevadas pela tecnologia

Miguel Gomes

Tecnologia, sustentabilidade e humanização: o que está no centro da saúde digital?

Inteligência Artificial: a nova fronteira da fidelização de pacientes na saúde

Inteligência Artificial: a nova fronteira da fidelização de pacientes na saúde

Fed busca acalmar o mercado em meio a uma tempestade de mudanças

Fed busca acalmar o mercado em meio a uma tempestade de mudanças

Fernanda Carvalho

A vida presta. A arte também

NOTAS DE BOLSO

Refém da pobreza

Atakarejo

Atakarejo retoma obras de nova loja em Itabuna

varejo

13º salário: um alívio para famílias e esperança para o varejo baiano

BA de Valor

© 2024 BA de Valor. Todos os direitos reservados.

Institucional

  • Quem Somos
  • Anuncie
  • Contato
  • Política de Privacidade
  • Política de Cookies

Siga-Nos

Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
  • Colunistas
  • Business Lounge
  • Quem Somos
  • Contato
  • Anuncie
  • Política de Privacidade
  • Política de Cookies

© 2024 BA de Valor. Todos os direitos reservados.