A produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, teve crescimento de 3,5% em novembro, frente a outubro, após ter registrado duas quedas consecutivas. Nesse confronto, a indústria baiana teve o segundo melhor resultado do país, atrás apenas do Espírito Santo (5,8%), e ficou bem acima da média nacional (0,2%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional (PIM-PF Regional), divulgada hoje (11/01) pelo IBGE.
Outros seis dos 14 locais pesquisados também mostraram taxas positivas na passagem de outubro para novembro de 2017, na série com ajuste sazonal: Pernambuco (2,6%), Minas Gerais (2,4%), Rio Grande do Sul (1,4%), Pará (1,1%), São Paulo (0,7%) e Região Nordeste (0,2%).
Por outro lado, apresentaram resultados negativos Paraná (-0,9%), Goiás (-0,6%), Santa Catarina (-0,1%), sendo mais intensos no Amazonas (-3,7%), Rio de Janeiro (-2,9%) e Ceará (-2,3%).
Em relação a novembro de 2016, o setor industrial da Bahia apontou aumento de 0,8%, mostrando recuperação do resultado negativo registrado em outubro (-3,6%). Foi o melhor desempenho da produção industrial baiana para um mês de novembro desde 2013 (2,2%).
Apesar dos recentes resultados positivos frente a 2016, a produção industrial baiana ainda segue em queda no acumulado no ano de 2017 (-2,7%), embora venha mostrando também uma desaceleração sistemática no ritmo de recuo (que havia sido de -3,0% em outubro).
Nessa comparação, a indústria no estado acumula perdas desde junho de 2016 e ainda tem o pior resultado dentre as regiões pesquisadas, bem abaixo da média nacional (2,3%). Além da Bahia, apresentaram variações negativas no acumulado em 2017 Região Nordeste (-0,5%) e Pernambuco (-0,5%).
Considerando-se os 12 meses encerrados em novembro, a indústria baiana acumula queda de -3,2%, também a mais intensa dentre as regiões e um resultado bem pior que a média nacional (2,2%). Entretanto, houve desaceleração da queda em relação ao acumulado até outubro (-3,8%).
Produção de automóveis segue em expansão
Na comparação novembro de 2017/novembro de 2016, o crescimento de 0,8% da produção industrial da Bahia foi resultado do desempenho positivo de seis das 12 atividades pesquisadas, sendo as atividades de outros produtos químicos (29,9%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (30,8%) as principais influências positivas sobre o total da indústria.
A maior fabricação de automóveis influenciou a alta na categoria veículos automotores, enquanto que a produção de etileno e propeno não-saturado, polietileno linear, polietileno de alta densidade (PEAD) e benzeno influenciaram a alta no ramo de outros produtos químicos.
As atividades das indústrias extrativas (17,5%) e de produtos alimentícios (5,5%) também tiveram avanços, explicados, sobretudo, pela maior produção de minérios de cobre em bruto ou beneficiados e magnésia; e de cacau ou chocolate em pó e açúcar cristal, respectivamente.
Em sentido contrário, a contribuição negativa mais importante sobre o total global vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,4%) e de metalurgia (-26,9%), pressionados, principalmente, pela menor fabricação de óleo diesel, óleos combustíveis e naftas para petroquímica, no primeiro; e de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, no segundo.