A produção industrial da Bahia, em maio, teve variação positiva de 0,3% frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE. Foi o quarto avanço consecutivo nesse confronto (2% entre janeiro e fevereiro, 0,2% entre fevereiro e março e 3,0% entre março e abril). Além de ter apresentado resultado positivo frente ao mês imediatamente anterior, em relação a maio de 2021, a produção industrial baiana também cresceu (26%). Este foi o terceiro avanço consecutivo no indicador, após 14 quedas seguidas, registradas entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2022. O resultado da Bahia foi o melhor do país e bem acima do nacional (0,5%). Foi também o maior crescimento para um mês de maio, no estado, desde o início da série histórica do IBGE, em 2003.
No acumulado nos cinco primeiros meses do ano, frente ao mesmo período do ano anterior, a Bahia é um dos cinco locais com resultado positivo, tendo o 2º maior índice do país (8,9%), atrás apenas do registrado em Mato Grosso (23,3%). O país como um todo apresenta queda (-2,6%).
Porém, nos 12 meses encerrados em maio, a indústria baiana continua no negativo (-3,9%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores, tendo o 5º pior resultado do país. No Brasil como um todo, a produção industrial também cai (-1,9%) nessa comparação, com resultados negativos em 9 dos 15 locais.
Derivados do petróleo
O forte crescimento da produção industrial da Bahia em maio/22 frente a maio/21 (26,0%) se deu por conta do avanço registrado pela indústria de transformação (29,5%), que cresceu pelo terceiro mês consecutivo. Por outro lado, a indústria extrativa voltou a cair (-17,9%), após ter apresentado estabilidade em abril (0,0%).
Houve altas na produção em 7 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente na Bahia. A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (211,7%) foi quem apresentou o avanço mais representativo para o resultado positivo do estado de uma forma geral, seguida pela preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (29,0%).
O segmento de derivados do petróleo tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia e apresentou o seu nono resultado positivo consecutivo. Em maio, a atividade registrou o segundo maior crescimento desde o início da série histórica, em 2003, e o melhor resultado em 12 anos, desde o recorde registrado em abril de 2010 (212,3%).
Porém, o maior aumento absoluto foi registrado pela fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (375,7%), que apresentou o seu melhor resultado na série histórica, embora tenha um peso menor na estrutura industrial baiana.
Quedas
Por outro lado, houve quedas em 4 das 11 atividades da transformação, sendo as mais relevantes na metalurgia (-33,5%) e na fabricação de outros produtos químicos (-7,7%).
Mostrando a nona retração consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior e com a maior queda do estado em maio, a metalurgia acumula recuo de 29,5% em 12 meses. Já a fabricação de outros produtos químicos voltou a cair após dois resultados positivos e apresenta retração de 2,6% nos últimos 12 meses.
Porém, o setor com a maior queda no acumulado nos 12 meses encerrados em maio é o da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que apresenta recuo de 92,6% na comparação com os 12 meses anteriores.