A Petrobras está muito perto de retomar o controle da Refinaria de Mataripe (antiga Landulpho Alves), em São Francisco do Conde. Segundo o site InvestNews, a estatal e a Mubadala Capital, controladora da Acelen, já acertaram o preço e os prazos da operação. A expectativa é de que a reestatização ocorra já no primeiro trimestre do ano que vem.
A Refinaria de Mataripe foi comprada pelo fundo soberanos árabe, em 2021, por US$1,65 bilhão. O ativo recebeu investimentos importantes em sua modernização e no lançamento de novos produtos. Com a mudança de governo, no entanto, tudo mudou.
Sindicalistas baianos passaram a pressionar a Petrobras no sentido a recomprar a refinaria. Para piorar, a estatal é quem fornece o óleo cru para Mataripe. E, segundo apurou o InvestNews, a “Acelen passou a sofrer pressão por parte da estatal desde a mudança de governo. As pressões passam pela venda de petróleo mais caro e também com composição química inadequada, situações que afetam o resultado do negócio”.
Ou seja, ficou quase impossível competir.
A recompra da refinaria é um retrocesso. Os milhões e milhões de dólares que a Petrobras gastará na operação não aumentarão em nada a capacidade de refino do país.
Pior: cria incertezas em relação a uma série de projetos já anunciados pela Acelen, como a construção de uma biorrefinaria e de um complexo solar no estado. São investimentos de quase R$13 bilhões na Bahia.
A Petrobras seguirá com esses projetos ou vai engavetá-los? A antiga Rlam terá os investimentos necessários para a sua modernização? Seguirá competitiva? Será um ativo prioritário da Petrobras ou apenas mais um?
Quer ver uma reestatização que faria um bem enorme para a Bahia? O da BR-324. Mas aí falta empenho ao governo. Não é estranho?
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