ALESSANDRA ZANOTTO – Minha vontade, é que os associados tenham um canal de comunicação cada vez mais acessível e que a Abapa seja um apoio importante, não somente para a sustentabilidade da cultura, mas para os negócios da região. Acredito que todos os que farão parte dessa diretoria terão esse cuidado, o de ouvir com muita atenção o que os associados anseiam para garantirmos a prosperidade no setor algodoeiro baiano.
Vamos juntos, fazer o plano que vai guiar nossa comunicação com nossos stakeholders: as demais instituições, parceiros, sociedade, governo e imprensa.
JL – Quais ações e projetos pretende realizar no próximo biênio? Quais os desafios para implementá-los?
AZ – Ainda é muito cedo para falar em novos projetos. A Abapa já tem uma atuação sólida e ampla em diversas áreas, e o que pretendo é dar continuidade com muito zelo sobre o que foi feito até aqui. O setor é bastante dinâmico, estamos sempre sendo pautados por novas agendas, demandas e inclusive desafios. Portanto, o que pretendo é conduzir tudo com planejamento, priorizando o nosso associado. Novidades comcerteza virão.
JL – Como está o setor atualmente, quanto movimenta na economia baiana e quais os impactos socioeconômicos?
AZ – Vejo um setor estruturado, cada vez mais bem preparado e também preocupado com as responsabilidades socioeconômicas e ambientais. Acredito que somos agentes de transformação e a nossa atuação mostra como a cotonicultura vai além da produção agrícola, com geração de empregos e desenvolvimentos locais; incentivo à sustentabilidade e qualidade de vida; contribuição ao PIB e à exportação; fomento à inovação e educação e integração com a comunidade.
JL – Qual região é mais forte na produção de algodão? Tem outras regiões que estão despontando como promissoras para a produção de algodão?
AZ – Em ordem de área plantada, a Bahia é o segundo maior estado produtor. O primeiro é o Mato Grosso, em função da oportunidade de duas safras por razões climáticas. Mas a Bahia, além de potencial de crescimento em área, se destaca pelo crescimento em produtividade e qualidade, sem contar na evolução
JL – Como a associação vai atuar para a geração de negócios na região de forma sustentável?
AZ – O desenvolvimento dos negócios está muito ligado ao desenvolvimento social. Os nossos negócios existem porque há́ pessoas, em alguma parte da cadeia, que compram e que consomem o que plantamos. Há pessoas ao nosso lado semeando e colhendo. De novo, para mim, agronegócio é sobre o ser humano. Eu vejo a Abapa com uma atuação social fundamental para o nosso crescimento. Indo um pouco além na sigla ESG, nós vimos que, como a certificação da ABR, essas três letras não são mais algo distante: responsabilidade social e ambiental. Hoje são a marca do algodão brasileiro no mundo e nos ajudam a abrir caminhos.
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