A estimativa de 2018, atualizada em dezembro, para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos), totalizou 9.323.119 toneladas, o que representa um crescimento de 15,4% em relação à de 2017 (8.078.077 toneladas) e um recorde para o estado. Com o resultado, a Bahia terminou 2018 como o sétimo estado produtor de grãos do país, responsável por 4,1% da safra nacional, superando, ainda que por pouco, São Paulo, que deve fechar o ano com uma produção de 9.118.397 toneladas e participação de 4,0%. Mato Grosso deverá continuar na liderança da produção nacional de grãos, com uma participação de 26,9%, seguido pelo Paraná (15,5%) e Rio Grande do Sul (14,6%).
As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Em relação à estimativa de novembro, houve revisão de -0,1% para produção baiana de grãos, e de -0,2% para a área a ser colhida, que passaram a ser estimadas em 9.323.119 e 3.033.505 de toneladas, respectivamente.
A estimativa de dezembro para a safra nacional totalizou 226,5 milhões de toneladas, 5,9% inferior à obtida em 2017 (240,6 milhões de toneladas). A área a ser colhida (60,9 milhões de hectares) foi 248,3 mil hectares inferior à de 2017. Em relação à informação de novembro, a estimativa da produção diminuiu 0,4%.
Produção de uva
Com a reavaliação de 63,4%, em relação ao mês anterior, a estimativa de produção baiana de uva alcançou 75,4 mil toneladas, avançando da sexta para a quarta posição na produção da fruta. No estado, a área plantada e a área colhida da fruta aumentaram 12,2% e 8,4%, respectivamente, enquanto que o rendimento médio, de 40.439 kg/ha, aumentou 50,7%.
A produção nordestina de uvas concentra-se em perímetros irrigados no Vale do Rio São Francisco, localizado entre a Bahia e Pernambuco, notadamente nos municípios de Petrolina/PE, Casa Nova/PE, Juazeiro/BA, Santa Maria da Boa Vista/PE, Curaçá/BA e Irecê/BA. O clima seco e a abundância de água para irrigação, aliado à elevada tecnologia de produção utilizada, inclusive a utilização de variedades altamente produtivas e bem aceitas no mercado externo, permite a colheita até três vezes por ano, o que impacta positivamente na produtividade.
A estimativa da produção brasileira de uva alcançou 1,6 milhão de toneladas, aumento de 9,7% em relação ao mês anterior. A área plantada e a área colhida foram reavaliadas positivamente com aumento de 3,3% e 3,0%, respectivamente, e o rendimento médio cresceu 6,6%.