A Região Metropolitana de Salvador (RMS) será a primeira localidade a receber o OpenCDN, projeto do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que cria condições para diminuir a distância entre os conteúdos disponíveis on-line e os usuários de internet. Na prática, esta iniciativa representa melhoria na velocidade, no custo e na qualidade do acesso à internet.
Por que Salvador? “O Ponto de Troca de Tráfego Internet de Salvador tem um número expressivo de Sistemas Autônomos (AS – redes que compõem a Internet) e pico de tráfego de aproximadamente 14 Gb/s. É uma região distante de São Paulo, onde se concentra um grande número de redes conectadas, permitindo que as vantagens do projeto para provedores de conteúdo (CDN – Content Delivery Network) e provedores de acesso (ISP – Internet Service Provider) fiquem ainda mais evidentes. Contamos que será uma experiência muito exitosa, que em breve poderá ser expandida para outras localidades brasileiras”, ressalta Julio Sirota, gerente de infraestrutura do IX.br.
Para participar, CDNs, ISPs ou outros Sistemas Autônomos devem firmar um termo de adesão que será enviado pela equipe do NIC.br após o preenchimento de um formulário, disponível no recém-lançado sítio do projeto.
No que diz respeito à infraestrutura, o OpenCDN possibilita que os provedores de conteúdo instalem seus servidores de cache no Sistema Autônomo do projeto, que estará conectado ao PIX Central do IX.br de Salvador. Estes caches serão alimentados por meio de conexão ao IX.br de São Paulo, assim como via Internet. Já os ISPs e Sistemas Autônomos da região, por sua vez, se beneficiarão com o acesso ao conteúdo fornecido pelas CDNs participantes. “Ao descentralizar a distribuição de conteúdo, o OpenCDN promove o desenvolvimento regional da Internet. E ainda melhora o custo final para os pequenos e médios provedores”, destaca Sirota.
Custos
A iniciativa não tem fins lucrativos, é aberta e transparente, e terá operação autossustentável. Todo o custo de conexão e hospedagem será dividido entre os participantes. “Trabalhamos com uma estimativa realista: se o projeto em Salvador reunir 20 Sistemas Autônomos, cada um consumindo 750 Mb/s, totalizando 15 Gb/s, o custo do Mb/s (megabit por segundo) será da ordem de R$ 5,50. Se a participação crescer e o tráfego alcançar 30 Gb/s, por exemplo, o custo do Mb/s poderia chegar a R$ 2,00. É um valor bem baixo, barato”, explica Sirota.
A expectativa é de que o OpenCDN esteja em operação em Salvador em julho deste ano.