O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), relativo ao mês de agosto de 2025, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima, para a safra 2025, uma produção de cereais, oleaginosas e leguminosas de 12,8 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 12,7% na comparação com a safra de 2024.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por sua vez, na última estimativa do ciclo 2024/2025, confirmou as expectativas positivas na produção, na área plantada e na produtividade dos grãos. Soja e algodão destacam-se na produção desse ciclo.
De acordo com o IBGE, a área plantada dos grãos para 2025 está estimada em 3,65 milhões de hectares (ha), com crescimento de 2,9% em relação à safra de 2024. Com isso, o rendimento médio (3,51 toneladas/ha) da lavoura de grãos no estado da Bahia será de 9,5% acima da safra anterior.
O volume de soja colhido está estimado em 8,61 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 14,3% sobre o verificado em 2024. A área plantada com a oleaginosa no estado é de aproximadamente 2,14 milhões de ha. O rendimento médio de 4,0 toneladas/ha tem relevância nesse desempenho positivo, com aumento de 8,3% em relação à safra anterior.
As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, devem alcançar 2,69 milhões de toneladas, o que representa aumento de 16,3% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 2,4% em relação à estimativa da safra anterior de 605 mil ha. A primeira safra do cereal está projetada em 1,93 milhão de toneladas, 24,6% acima do que foi observado em 2024. Já para a segunda safra é esperado um recuo de 0,5% em relação à colheita anterior, com expectativa de 763 mil toneladas.
Outro importante produto da safra baiana, o algodão (caroço e pluma), tem produção estimada em 1,87 milhão de toneladas, o que representa aumento de 5,4% em relação ao ano de 2024. A estimativa evidencia que a Bahia se mantém como o maior produtor da Região Nordeste e o segundo maior do Brasil, responsável por 19,7% da safra nacional, atrás apenas do Mato Grosso (71,3% da safra nacional). A área plantada com a fibra aumentou 6,6%, alcançando 405 mil ha em relação à safra de 2024.
Para a lavoura do feijão, a estimativa é de uma safra menor em 20,2%, na comparação com a safra 2024, totalizando 177 mil toneladas. O levantamento tem estimativa de 360 mil ha plantados, 5,3% menor que a safra anterior. A primeira safra da leguminosa (86 mil toneladas) foi 37,0% inferior à de 2024, e a estimativa da segunda safra (91 mil toneladas) prevê uma variação positiva de 6,7% na mesma base de comparação.
Em relação ao café, está prevista a colheita de 281 mil toneladas em 2025, 12,9% acima do observado no ano anterior. A safra do tipo arábica foi de 110 mil toneladas, com variação anual de 5,9%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora foi de 171 mil toneladas, 18,0% acima da colheita do ano anterior.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima a produção de 5,49 milhões de toneladas, reduzindo de 1,0% em relação à safra de 2024. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou em 119 mil toneladas, apontando um avanço de 7,0% na comparação com a do ano anterior.
Na fruticultura, destacam-se as estimativas das lavouras de banana (906 mil toneladas), laranja (632 mil toneladas) e uva (102 mil toneladas), que registraram, respectivamente, variações de 4,8%, 0,3% e 84,4% em relação à safra anterior.
O levantamento ainda indica uma produção de 907 mil toneladas de mandioca, 14,7% a mais que a de 2024. A produção de batata-inglesa, estimada em 340 mil toneladas, indica acréscimo de 1,7%; e a do tomate, estimada em 183 mil toneladas, aponta queda de 48,4% na comparação com a do ano anterior.
Fonte: Ascom SEI