As vendas do varejo na Bahia voltaram a crescer (0,7%) em fevereiro em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após dois recuos consecutivos (-0,2% em janeiro e -8,8% em dezembro/18). Nessa comparação, o resultado do varejo baiano foi o melhor para um mês de fevereiro desde de 2010 (0,9%) e igualou o desempenho de 2012.
Foi também superior ao do país como um todo, onde o comércio varejista ficou estável (0,0%) em fevereiro, com quedas nas vendas em 15 dos 27 estados, destacando-se Paraná (-1,5%), Distrito Federal (-1,1%) e Piauí (-1,1%), segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje pelo IBGE.
O resultado também foi positivo para a Bahia na comparação com fevereiro de 2018. As vendas do varejo cresceram 5,7%, num resultado significativamente acima da média nacional (3,9%) e o melhor para o mês, no estado, desde 2014 (15,8%). Nesse confronto, houve predomínio de resultados positivos, que atingiram 22 das 27 unidades da Federação, com destaque para Espírito Santo (12,6%), Acre (9,0%) e Pará (8,2%).
Com o crescimento no mês, as vendas do varejo baiano acumulam alta de 2,5% no ano de 2019 e mostram uma variação positiva de 0,5% nos 12 meses encerrados em fevereiro. Em ambos os casos, porém, o desempenho ainda está abaixo do verificado no país como um todo, onde as taxas são de 2,8% e 2,3% respectivamente.
Atividades
Em fevereiro, na Bahia, 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2018.
Com os avanços mais significativos, os segmentos de móveis e eletrodomésticos (15,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (15,8%) foram também as principais influências positivas no mês.
Além deles, vale destacar o desempenho de outros dois segmentos. Os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,3%), que têm o maior peso no varejo do estado, mostraram o sétimo resultado positivo consecutivo. Já os combustíveis e lubrificantes (0,2%) tiveram a primeira variação positiva nas vendas depois de um ano e quatro meses de quedas sucessivas (desde setembro de 2017).
Dentre as duas atividades em queda, o destaque negativo foi, mais uma vez, para as vendas de livros, jornais, revistas e papelaria (-50,6%), refletindo a crise que as grandes redes de livrarias enfrentam, em nível nacional, desde o ano passado.
O outro setor com recuo nas vendas foi o de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-20,1%), que teve a quarta queda seguida.
Varejo ampliado na Bahia avança 6,2%
Em fevereiro, na Bahia, o comércio varejista ampliado também teve resultados positivos e melhores que os do varejo restrito. Frente a janeiro (série com ajuste sazonal), as vendas do varejo ampliado avançaram 1,2%, um desempenho melhor que a média nacional (-0,8%). Já na comparação com fevereiro de 2018, as vendas do varejo ampliado na Bahia aumentaram 6,2%, abaixo da média nacional (7,7%).
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
Na comparação com fevereiro de 2018, as vendas desses dois segmentos voltaram a crescer, de forma significativa, após terem recuado em janeiro. Os veículos tiveram alta de 7,6%; e os materiais de construção, de 6,4%.