Em maio de 2024, as vendas do varejo na Bahia registraram aumento de 1,4% frente a abril, depois do recuo de 0,9% na passagem de março para abril, na comparação livre de influências sazonais (que desconsidera os efeitos de eventos recorrentes, como Natal, Dia das Mães etc.).
A Bahia teve um avanço discretamente maior do que o registrado no Brasil como um todo, onde as vendas cresceram 1,2%, e a 7a maior taxa, num contexto em que 16 dos 27 estados mostraram resultados positivos, liderados por Amapá (3,4%), Mato Grosso (3,0%) e Maranhão (2,2%).
Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
Na comparação de maio/24 com maio/23, o resultado das vendas do varejo na Bahia também seguiu positivo (12,2%), contabilizando o 19º crescimento consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior (mantém-se em alta desde novembro/22).
Foi o 3º aumento mais expressivo entre os estados, abaixo apenas dos registrados em Amapá (29,4%) e Paraíba (14,9%) e acima do índice nacional (8,1%). Todas as 27 unidades da Federação apresentaram altas nessa comparação.
Com esse resultado, o comércio varejista da Bahia teve, de janeiro a maio de 2024, um crescimento acumulado de 10,9% nas vendas, frente ao mesmo período do ano anterior. O indicador se manteve, mais uma vez, como o 2º maior aumento acumulado entre os 27 estados, abaixo apenas do verificado no Amapá (19,5%). Também foi o melhor para o varejo baiano em 14 anos, desde 2010, quando as vendas haviam acumulado crescimento de 12,3% no mesmo período (janeiro a maio).
No Brasil como um todo, as vendas do comércio varejista cresceram 5,6% entre janeiro e maio de 2024, também com altas em todas as unidades da Federação.
Nos 12 meses encerrados em maio, as vendas do varejo baiano seguem em alta, de 8,0%, bem acima do indicador nacional (3,4%) e sustentando o 4º avanço mais expressivo entre os estados, só abaixo dos acumulados em Tocantins (9,3%), Maranhão (9,1%) e Ceará (9,6%).
Em maio, vendas cresceram em 6 das 8 atividades do varejo baiano; alta nos supermercados (17,2%) foi a que mais puxou o o avanço geral. No mesmo mês, na Bahia, 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) registraram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2023.
Apenas os segmentos de livros, jornais, revistas e papelaria (-25,7%) e de combustíveis e lubrificantes (-2,0%) tiveram resultados negativos. No caso das livrarias, foi o 16º recuo consecutivo (cai desde fevereiro de 2023) e, no caso dos combustíveis, a primeira retração depois de 7 meses em alta.
Artigos farmacêuticos
O aumento mais expressivo veio das vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (22,4%, a 14a alta mensal consecutiva). Mas foram novamente os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com a 3a maior taxa de crescimento (17,2%), que mais influenciaram positivamente o resultado geral do setor, pois têm o maior peso na estrutura do varejo restrito no estado.
O segmento teve, em maio, o 12º avanço consecutivo nas vendas (cresce seguidamente desde junho de 2023). A segunda principal influência positiva na alta do varejo baiano em maio também foi a mesma de abril: outros artigos de uso pessoal e doméstico (20,2%). Com o segundo maior crescimento, o segmento, que reúne lojas de departamentos e grandes varejistas on-line, apresenta resultados positivos em todos os meses de 2024 e tem melhor desempenho no acumulado no ano (alta de 14,8% nas vendas, de janeiro a maio, frente ao mesmo período de 2023).
Vendas do varejo ampliado
Em maio de 2024, as vendas do comércio varejista ampliado baiano apresentaram queda (-0,7%) frente a abril, na série livre de influências sazonais. Foi o primeiro resultado negativo após cinco meses em alta, nessa comparação. O resultado foi o 10º pior do país no mês, ficando abaixo do índice nacional, que foi positivo (0,8%).
Por outro lado, na comparação com maio de 2023, o varejo ampliado baiano apresentou alta (6,9%) pelo 12º mês consecutivo, tendo o 14º melhor resultado entre os 27 estados, em um índice superior ao do país como um todo (5,0%).
No acumulado de janeiro a maio de 2024, as vendas do varejo ampliado baiano cresceram 9,3%, também acima do índice nacional (4,8%), sendo o 4º maior avanço entre os estados.
Nos 12 meses encerrados em maio, o varejo ampliado da Bahia acumula alta de 7,1% nas vendas, também acima do Brasil como um todo (3,7%) e apresentando o 3º melhor resultado entre as 27 unidades da Federação.
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (“atacarejos”), para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
Frente a maio de 2023, duas atividades tiveram altas nas vendas: material de construção (22,9%, 12º crescimento seguido) e veículos (16,6%, 2º crescimento seguido). Por outro lado, o atacado de alimentos (-24,1%) voltou a registrar queda após resultado positivo em abril (que havia sido de 2,5%).
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