As vendas do comércio varejista na Bahia voltaram a crescer, em junho, frente ao mês anterior (1,5%), na série com ajuste sazonal. A alta veio após o setor ter registrado leve queda (-0,6%) na passagem de abril para maio. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o resultado das vendas seguiu positivo (6,8%) pelo 8º mês consecutivo e apresentou o 4º maior crescimento do país, abaixo apenas de Tocantins (14,3%), Maranhão (10,5%) e Acre (10,3%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
No Brasil como um todo, também houve alta (1,3%), com 22 unidades da Federação registrando índices positivos.
Com o crescimento apresentado em junho, as vendas do varejo baiano acumulam alta de 3,9% no primeiro semestre de 2023, frente ao mesmo período de 2022. O indicador acumulado no ano se manteve positivo pelo 6º mês consecutivo e mostrou o 9º maior aumento entre os estados, empatado com Mato Grosso do Sul (3,9%).
No Brasil como um todo, o varejo acumula aumento de 1,3% nas vendas, nos seis primeiros meses de 2023, com 20 das 27 unidades da Federação em alta, lideradas por Tocantins (13,5%), Maranhão (10,1%) e Roraima (7,7%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em junho (frente aos 12 meses anteriores), o varejo baiano apresenta leve alta (0,4%), com apenas o 20º melhor resultado do país. No Brasil como um todo, o índice é de 0,9%.
Neste indicador, 22 estados apresentam resultados positivos, liderados por Paraíba (14,9%), Amapá (9,2%) e Roraima (9,2%).
Combustíveis e supermercados
No primeiro semestre, na Bahia, o crescimento geral das vendas (3,9%) foi resultado de aumentos em 6 das 8 atividades do varejo restrito.
O maior crescimento e maior impacto positivo no resultado geral vieram do segmento de combustíveis e lubrificantes (24,5%), que cresce seguidamente há 11 meses e teve o seu maior índice para um primeiro semestre desde o início da série histórica da PMC, em 2000.
As vendas de combustíveis também tiveram a maior alta do comércio baiano na comparação entre junho 23/junho 22 (46,2%).
O segundo principal impacto positivo nas vendas em geral do varejo na Bahia, no primeiro semestre de 2023, veio dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,8%), que tem o maior peso para o setor no estado. Na comparação entre junho 23/junho 22, o segmento voltou a crescer (3,6%) após queda no mês anterior.
O segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentou a segunda maior taxa de crescimento no acumulado no primeiro semestre (21,5%), apesar de possuir um peso menor na composição da estrutura do varejo baiano.
Por outro lado, com retrações consecutivas nas vendas há 15 meses, o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-17,5%) teve a maior e mais relevante queda no primeiro semestre, segurando o crescimento geral do varejo baiano no período.
O outro segmento com recuo nas vendas na Bahia, no primeiro semestre, foi o de tecidos, vestuário e calçados (-5,3%).
Varejo ampliado
Em junho, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano seguiu em alta frente ao mês anterior (6,6%), na série livre de influências sazonais. Foi o oitavo resultado positivo consecutivo para o indicador.
O resultado da Bahia ficou acima do nacional (1,2%) e foi o 3º melhor do país, abaixo dos registrados em Maranhão (7,6%) e Alagoas (6,7%). Só 2 das 27 unidades da Federação tiveram resultados negativos: Pernambuco (-1,8%) e Tocantins (-1,1%).
Frente ao mesmo mês do ano anterior, as vendas do varejo ampliado na Bahia registraram o maior crescimento do país em junho (26,9%), quinto resultado positivo consecutivo e o maior índice para um mês de junho desde o início da série histórica, em 2003. No Brasil como um todo, o índice ficou em 8,3%, com 23 estados em alta.
No acumulado no primeiro semestre de 2022, as vendas do varejo ampliado baiano também cresceram (9,6%). O resultado é o quinto melhor do país, ficando bastante acima do índice nacional (4,0%).
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e, a partir de janeiro de 2023, do atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
Nos primeiros seis meses de 2023, as vendas do atacado de alimentos (46,3%) e de material de construção (1,9%) cresceram, mas a de veículos apresentaram queda (-5,8%). Já na comparação entre junho 23/junho 22, os três segmentos apresentaram altas (94,5%, 9,1% e 20,0%, respectivamente).
Por outro lado, o desempenho do varejo ampliado baiano é negativo no acumulado nos 12 meses encerrados em junho, mostrando uma queda de 0,9% nas vendas, o quarto pior resultado do país, e inferior ao do Brasil como um todo (1,1%).