O volume do setor de serviços, em março, teve variação positiva de 0,1% na Bahia, após ter registrado uma forte queda (-8,1%) em fevereiro, na comparação com o mês imediatamente anterior, livre de influências sazonais. Nesse confronto, foi o primeiro resultado positivo para um mês de março desde 2013 (2,0%). Os dados são Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo IBGE.
De fevereiro para março, os serviços baianos tiveram a menor variação positiva dentre os estados, mas com um resultado acima da média nacional (-0,2%). O setor avançou em 17 das 27 unidades da Federação, com destaque para Tocantins (29,9%), Distrito Federal (4,1%) e Maranhão (3,8%).
Entretanto, frente a março de 2017, o setor de serviços baiano seguiu em queda (-6,9%), com desempenho pior que a média nacional (-0,8%), ainda que diminuindo o ritmo do recuo em relação a fevereiro, quando havia caído 8,7%. O estado exerceu a segunda maior influência negativa no resultado dos serviços no país, atrás apenas de Minas Gerais (-3,2%).
Nessa comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume dos serviços na Bahia teve a quinta queda consecutiva (recua desde novembro de 2017). Frente a março de 2017, os serviços caíram em 22 dos 27 estados, com destaques positivos para Roraima (10,6%), Amazonas (2,8%) e Goiás (2,1%).
Assim, no primeiro trimestre de 2018, os serviços acumulam queda de 6,2% na Bahia, um pouco maior do que a verificada em fevereiro (-5,8%). Nos 12 meses encerrados em março, o setor manteve o recuo de 5,0%. Em ambos os casos, o desempenho segue pior que a média nacional (-1,5% e -2,0% respectivamente).
No acumulado em 2018, 6 dos 27 estados apresentam crescimento no setor de serviços, enquanto nos 12 meses encerrados em março o setor cresce em quatro unidades da Federação.
Serviços de informação e comunicação são principal influência negativa
Frente ao mesmo mês de 2017, em março de 2018 (-6,9%), quatro das cinco atividades de serviços pesquisadas tiveram resultados negativos na Bahia. As maiores quedas, em termos de magnitude, foram as dos outros serviços (-28,8%) e dos serviços de informação e comunicação (-14,8%).
Por seu peso na estrutura de serviços do estado, os serviços de informação e comunicação exerceram a principal influência negativa. A atividade se mantém em queda desde junho de 2017 e apresentou, nos três primeiros meses de 2018, uma forte aceleração no recuo, acumulando, neste ano, retração de 14,0%.
Ela reúne serviços de telecomunicações, aqueles ligados à tecnologia da informação, audiovisuais, de edição, agências de notícias e outros. Os outros serviços, que tiveram a segunda maior contribuição para o resultado negativo da Bahia, vêm com recuos seguidos desde novembro de 2017, mas também tiveram uma forte aceleração da queda em março e acumulam perda de 17,3% no primeiro trimestre de 2018.
A única atividade de serviços com crescimento na Bahia, em março, foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,1%), que teve o primeiro resultado positivo em mais de um ano (vinha em queda desde fevereiro de 2017), mas ainda se mantém como importante pressão negativa em 2018 (-5,5%) e no acumulado em 12 meses (-20,2%).
Por outro lado, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,3%), que vinham desde o ano passado exercendo uma das principais influências positivas nos serviços baianos, tiveram, em março, a primeira queda em 10 meses.
Serviços ligados ao turismo na Bahia recuam
De fevereiro para março, as atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia tiveram queda de 1,5%, a maior entre 12 estados onde a atividade é investigada. Essa comparação desconsidera fatores sazonais, como o Carnaval e a Semana Santa, por exemplo. Na comparação com março de 2017, o resultado do turismo baiano (-9,9%) também foi o pior dentre os estados.
Em ambos os confrontos, o desempenho das atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia foi pior que a média nacional (2,0% e -0,9% respectivamente).
Com esses resultados, no primeiro trimestre de 2018, o volume das atividades turísticas acumula queda de 4,6% na Bahia, a segunda maior dentre os estados pesquisados, atrás apenas do Rio de Janeiro (-7,5%).
Nos 12 meses encerrados em março, o turismo no estado passou a um resultado negativo (-0,6%), após cinco meses seguidos de crescimento. Ainda se mantém, porém, com queda menor que a nacional (-5,2%).