O Gás Natural Veicular (GNV) segue com elevado índice de competitividade em todo o País na comparação com os combustíveis líquidos, conforme aponta estudo realizado da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) realizado na segunda quinzena de setembro. Na Bahia, a economia com GNV é de 49% em relação à gasolina e de 55% em relação ao etanol. Para quem roda 2.500 quilômetros por mês, a economia com GNV chega a R$ 419 (comparado ao custo para rodar o mesmo percurso com gasolina) e a R$ 533 (frente ao etanol).
Para realizar a análise, a Abegás utiliza como referência o veículo Fiat Siena, que já contempla em seu manual de fábrica o consumo com os três combustíveis e percorre 13,2 km por metro cúbico de GNV, 10,7 km com gasolina e 7,5 km com o etanol. O estudo utiliza como base para o calculo da economia mensal proporcionado pelo GNV veículos que rodam em média 2.500 km em 30 dias. Os preços médios são os registrados pela ANP na terceira semana de setembro.
Dos 17 estados que compõem o levantamento da Abegás, 13 registraram, para quem usa o GNV, uma economia igual ou superior a 50% ante o etanol: Alagoas (58%), Amazonas (50%), Bahia (55%), Ceará (56%), Espírito Santo (60%), Mato Grosso do Sul (50%), Paraíba (57%), Pernambuco (60%), Rio de Janeiro (62%), Rio Grande do Norte (56%), Rio Grande do Sul (55%), Santa Catarina (60%) e Sergipe (57%).
São Paulo
Em São Paulo, diferentemente da maioria dos estados, o GNV é mais competitivo na comparação com a gasolina (52%) — frente ao etanol, a economia é de 49%. O mesmo acontece em Minas Gerais: 49% ante a gasolina e 48% ante o etanol.
Os estados em que o GNV é mais competitivo em relação aos dois combustíveis líquidos, em média, são Rio de Janeiro (62% sobre o etanol e 58% sobre a gasolina), Pernambuco (60% e 54%, respectivamente), Espírito Santo (60% e 52%) e Santa Catarina (60% e 51%).
No Rio de Janeiro, de acordo com a metodologia da Abegás, um quilômetro rodado com GNV custa R$ 0,15, enquanto com a gasolina essa mesmo trecho chega a R$ 0,36 e com o etanol, R$ 0,41. Isso significa que, para rodar 100 quilômetros abastecendo em postos fluminenses, um motorista desembolsa, em média, R$ 15 com GNV, R$ 36 com gasolina e R$ 41 com etanol.
“O GNV gera economia para o consumidor e deve ser uma alternativa cada vez mais incentivada. O País precisa estimular a adoção de veículos pesados movidos a GNV em centros urbanos. O transporte público nos municípios ganharia em eficiência e economia e a população com a melhoria da qualidade do ar com a redução da emissão de poluentes”, afirma o presidente executivo da ABEGÁS, Augusto Solomon.