A pandemia de coronavírus que assolou o mundo em 2020 trouxe diversos impactos negativos para o setor comercial, mas números apontam que o mercado de pets foi um dos poucos segmentos que apresentaram crescimento neste período. Segundo os relatórios, o nicho encerrou 2020 com faturamento de R$40,1 bilhões, e avanço de 13,5% em relação ao ano anterior. O índice é 6,88% maior do que as projeções dos primeiros seis meses do ano passado.
O Brasil é o segundo maior mercado de pets do mundo, com mais de 140 milhões de animais de companhia, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Por esse motivo, é possível justificar o crescimento do segmento mesmo durante o período de crise, uma vez que os donos precisaram continuar consumindo mantimentos para seus pets ao longo do recesso.
Além disso, os valores gastos para a manutenção da saúde de animais de estimação podem chegar a R$5 mil por mês, de acordo com o Betway Insider. A pesquisa online do grupo aponta que rações para cães podem chegar a R$350 por ano, enquanto gatos consomem até R$250 em alimentos.
Não à toa, as vendas de alimentos para pets lideraram as altas no mercado de pets, representando 22,5% de todo o faturamento do ano. Em seguida, se destacaram os produtos veterinários, com 16% das vendas.
Gastos além da alimentação mantém o mercado de pets aquecido
Segundo dados divulgados pela equipe da Betway, site de roleta online, os gastos relacionados à criação de um animal de estimação vão além dos alimentos, mantendo assim o mercado de pets cada vez mais aquecido.
O blog aponta que visitas ao veterinário e dosagem de vacinas podem somar R$500 anualmente. Além disso, banhos e tosas, essenciais para a higiene dos animais, também constituem gastos semanais de R$100, em média.
Dessa forma, não apenas o segmento de alimentos foi beneficiado durante a pandemia, mas também prestadores de serviços especializados em animais de estimação e profissionais de saúde animal.
Ainda, a pesquisa do Betway Insiders também aponta que existem outros itens necessários para receber um novo animal em casa, condição que se tornou comum durante a pandemia, seja para resgate ou em busca de uma nova companhia.
Inicialmente, um pet pode exigir até R$1 mil em gastos que incluem enxoval, compra de itens para alimentação, brinquedos e moradia. Em um ano, os valores podem somar até R$5 mil, dependendo da raça e porte.
Uma alternativa para reduzir esses gastos é contar com convênios de saúde para pets, segmento que também cresceu.
Para a veterinária Dora Mazzali, parte do time do convênio NoFaro, em entrevista ao Betway Insiders, “adotar esse tipo de serviço pode trazer uma alteração significativa nos gastos mensais do pet, além de segurança na hora de eventualidades, como uma possível internação ou cirurgia”.
Nesse caso, embora os gastos recorrentes ainda mantenham o mercado de pets movimentado, a tendência é que opções secundárias facilitem a manutenção da rotina para os donos, enquanto o segmento continua registrando atividades em alta.