As vendas do comércio varejista na Bahia cresceram 1,6%, em maio, frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Este foi o primeiro crescimento para o setor no estado após duas retrações consecutivas: -1,1% entre fevereiro e março e -0,2% entre março e abril. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE. Já na comparação de maio/22 com maio/21, o resultado das vendas do varejo na Bahia foi negativo (-7,4%). O estado teve sua segunda queda seguida no comparativo, acelerando em relação à retração apresentada em abril (-4,9%) e mostrando o segundo pior do país, superior apenas ao registrado no Amapá (-10,6%).
No Brasil como um todo, houve leve queda (-0,2%), porém 15 unidades da Federação registraram índices positivos. As maiores altas foram verificadas em Roraima (11,0%), Alagoas (9,7%) e Mato Grosso do Sul (7,9%).
Com a retração apresentada em maio, as vendas do varejo baiano acumulam queda de -3,7% nos primeiros cinco meses de 2022, frente ao mesmo período do ano passado. A Bahia apresenta a segunda retração mais profunda dentre os estados, superior apenas à registrada em Pernambuco (-5,5%).
No Brasil como um todo, o varejo acumula aumento de 1,8% nas vendas, nos cinco primeiros meses de 2022, com 20 das 27 unidades da Federação em alta, lideradas por Roraima (11,4%), Espírito Santo (9,7%) e Rio Grande do Sul (9,0%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em maio (frente aos 12 meses anteriores), o varejo baiano também está em queda (-5,3%), com um resultado aquém do nacional (-0,4%) e o 4º pior entre os 27 estados, superior apenas ao registrado em Sergipe (-6,3%), Maranhão (-5,4%) e Pernambuco (-5,4%).
Supermercados
Em maio, na Bahia, a queda geral das vendas frente ao mesmo mês de 2021 (-7,4%) foi resultado de recuos em 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui automóveis e material de construção). A maior retração e o maior impacto negativo no resultado do mês vieram do segmento de móveis e eletrodomésticos (-35,2%), que mostrou sua 11ª queda consecutiva, com leve aceleração frente a abril (-33,1%). As vendas de móveis e eletrodomésticos também apresentam o pior resultado do comércio baiano nos primeiros cinco meses de 2022 (-29,0%).
O segundo principal impacto negativo nas vendas em geral do varejo na Bahia, em maio, veio dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,0%), que voltou a cair após resultado positivo em abril (0,6%).
Além deles, também apresentaram resultados negativos no estado, em maio, as vendas de combustíveis e lubrificantes (-9,3%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-10,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%).
Por outro lado, os segmentos que mais contribuíram para segurar a queda geral do varejo baiano no mês foram tecidos, vestuário e calçados (10,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,0%). Também apresentaram resultados positivos no mês as vendas de livros, jornais, revistas e papelarias (3,3%).
Varejo ampliado
Em maio, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano voltou a crescer frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais (1,9%), após três quedas consecutivas. O resultado da Bahia ficou acima do nacional (0,2%) e acompanhou os crescimentos verificados em 15 das 27 unidades da Federação.
Frente ao mesmo mês do ano anterior, porém, as vendas do varejo ampliado na Bahia registraram queda em maio (-6,6%), no seu segundo resultado negativo consecutivo.
O desempenho do estado foi o terceiro pior do país no comparativo com o mesmo mês do ano passado, à frente apenas de Amapá (-11,1%) e Pernambuco (-10,9%). No Brasil como um todo, o índice ficou em -0,7%, com 11 estados apresentando resultados negativos.
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
No confronto com maio de 2021, a venda de veículos apresentou a sua segunda queda seguida (-8,4%), enquanto a de material de construção voltou a ter resultado positivo (4,9%), após queda em abril.
Com os resultados negativos em maio, o varejo ampliado baiano apresenta queda nas vendas no acumulado nos primeiros cinco meses de 2022 (-1,4%), mas ainda tem resultado positivo nos 12 meses encerrados em maio (1,1%). No Brasil como um todo, as variações são de 1,0% e 0,3%, respectivamente.