Quando o assunto é aviação regional, a Bahia vem alçando voos cada vez mais altos. A construção e a requalificação de aeroportos e aeródromos regionais pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), em 2023 vêm contribuindo para a atração de novas rotas aéreas. O investimento total de obras em equipamentos aeroviários já concluídas e em andamento é de mais de R$ 200 milhões. Como destaque, a inauguração do novo Aeroporto de Bom Jesus da Lapa, entregue em agosto.
O Aeroporto de Bom Jesus da Lapa chega para estimular o desenvolvimento econômico na região Velho Chico. Irá incentivar o turismo religioso no município, um dos principais centros de romaria do país, e ajudará na atração de novos negócios para a agricultura e na geração de energia solar. O local possui um terminal de passageiros com área de 600m² e uma pista de pouso e decolagem com 1.550 m de extensão x 30m de largura. A área patrimonial possibilita a operação de aeronaves com capacidade para até 72 passageiros, além da aviação geral. O valor investido foi de R$ 26,1 milhões.
Além da implantação de aeroportos, a realização de requalificação dos equipamentos aeroviários também contribui para o crescimento da aviação regional do estado. Neste ano de 2023, 19 aeródromos foram desinterditados, entre eles, Caetité, Cipó, Ituaçu, Valente e Itaberaba, que já estão operando com aviação geral. Para 2024, algumas obras em andamento serão concluídas e outros serviços começarão a ser executados pela Seinfra.
“No próximo ano, temos a previsão de entregar o Aeroporto de Senhor do Bonfim e a recuperação da área de movimentação de aeronaves dos Aeródromos de Barra, Ibotirama e Xique-Xique. Iremos iniciar o processo de licitação para requalificação e ampliação dos Aeroportos de Barreiras e de Irecê. Também realizaremos o leilão do Novo Aeroporto Internacional Costa do Descobrimento em julho”, ressalta Saulo Pontes, Superintendente de Infraestrutura de Transportes da Bahia.
Terminais Hidroviários
A Bahia tem a maior faixa litorânea do país com mais de 1.100 km de extensão. Para se deslocar entre as cidades do litoral baiano, os terminais hidroviários são bastante utilizados e passaram e/ou passam por obras de recuperação realizadas pela Seinfra a fim de proporcionar mais conforto e segurança aos passageiros. Em 2023, um investimento de mais de R$ 50 milhões. Entre as ações relevantes, a requalificação dos atracadouros de São Tomé de Paripe (Salvador), de São Roque do Paraguaçu (Maragogipe), de Barra do Paraguaçu (Salinas da Margarida) e de Camamu.
O governo do estado da Bahia e SEINFRA-BA se recusam a adotar a modernidade aeroportuária e não admitem o conceito brasileiro de aeroporto com a PISTA MÍNIMA REGIONAL, que prevê 1.600 x 30m e resistência do piso PCN31.
O projeto de Bom Jesus da Lapa nasceu ultrapassado, pista de 1.550m de comprimento e asfalto mole, resistência PCN13. Na antiga pista de Lapa era resistência PCN09.
A Seinfra-BA também não acredita no advento dos jatos regionais no Brasil e na Bahia ao manter o estado aquém das necessidades da moderna aviação.
O alto potencial de Bom Jesus da Lapa e cidades do entorno ficarão novamente com o gargalo aeroportuário devido a pista de pouso curta e de asfalto mole e assim, restrita ao atual turboélice de 70 lugares. Parece desconhecer que Airbus, ATR, De Havilland Canada e Embraer preparam a nova geração de turboélices de alto desempenho de 80, 90 e 100 passageiros. A cidades já merecia uma pista básica de 1.800 x 30m + PCN38 e assim, atender jatos regionais e turboélices.
Dentre os 19 aeroportos reformados pela Seinfra-BA são, infelizmente, na sua grande maioria com pistas inferiores a 1.600m com baixa resistência PCN, direcionados para a aviação sub-regional com a aeronave Caravan de apenas 09 passageiros e suas passagens sempre caras.
Saudações e bons voos,