Segundo levantamento da Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP), os Terminais de Uso Privado (TUPs) movimentaram mais de R$ 4,5 bilhões de produtos para exportação no 1º semestre de 2019 na Bahia. Das 17,4 milhões de toneladas de carga transportadas no período no Estado, 11,9 milhões de toneladas passaram pelos portos privados, o que representa cerca de 70%. Ou seja, mais que o dobro do transportado pelos portos públicos da região, um percentual superior a 120%. Em número de atracações de navios, os portos privados também superaram os públicos: 701 contra 554.
Apesar dos bons indicadores no setor privado no Estado, o total de carga movimentada registrou queda de 6,3% em relação ao mesmo período de 2018, resultado de oscilações no mercado internacional de commodities. O Diretor-Presidente da ATP, Murillo Barbosa, destaca a contribuição dos TUPs para o desenvolvimento econômico da Bahia.
“Em 2018, a movimentação dos TUPs no país atingiu o dobro da movimentação dos portos públicos. Os terminais privados detêm a maior carteira de investimentos em infraestrutura nos últimos sete anos com cerca de R$ 35 bilhões, o que demonstra a eficiência desse modelo. Em especial, os terminais privados da Bahia possuem diversidade de cargas, conferindo ao Estado um grande potencial econômico para que o setor portuário se desenvolva cada vez mais”.
O desempenho positivo dos TUPs é expressivo também nos últimos anos. Desde 2014, a movimentação para exportação dos terminais privados na Bahia cresceu 10,5%.
Atualmente, o Estado conta com 12 terminais privados autorizados, dos quais cinco integram a ATP. Entre eles, estão Terminal Gerdau Aços Longos, Terminal Marítimo de Belmonte (Veracel), Terminal de Barcaças Luciano Villas Boas Machado (Suzano), Terminal Portuário Cotegipe e Terminal Aquaviário de Madre de Deus (Transpetro).
A maior movimentação de cargas no 1º semestre do ano foi observada no Terminal Aquaviário Madre de Deus, cuja empresa responsável pela operação é a Transpetro, uma das associadas. Foram 7,3 milhões de toneladas movimentadas no período, o equivalente a cerca de 63% do total que passou pelos TUPs. Outro destaque é para o Terminal Portuário de Cotegipe, na Baia do Aratu, que movimentou 2,3 milhões de toneladas voltadas à exportação.
Exportações
Do total de toneladas movimentadas nos terminais baianos até o meio do ano, cerca de 22%, ou 3,8 milhões de toneladas, foram destinadas à exportação. Em comparação à movimentação nos portos públicos, os terminais privados exportaram mais que o dobro. O valor estimado, de acordo com a ATP, é de US$ 1,19 bilhão.
Os chamados granéis sólidos, com destaque para a soja, são os produtos mais exportados a partir dos TUPs da região. Das 2,6 milhões de toneladas exportadas, 2,1 milhões foram granéis sólidos.