A produção industrial da Bahia recuou (-3,2%) em fevereiro frente ao mês anterior, descontados os efeitos sazonais, após ter registrado alta de 8,9% na passagem de dezembro/19 para janeiro/20. Foi o pior desempenho dentre os 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE. Frente a fevereiro de 2019, porém, a produção industrial baiana cresceu 3,3%, sustentando um segundo resultado positivo seguido no confronto com o mesmo mês do ano anterior (havia crescido 8,3% em janeiro).
O desempenho da produção industrial da Bahia nessa comparação foi bem melhor que o nacional (-0,4%) e acompanhou o movimento de alta verificado em 10 dos 15 locais pesquisados.
Os melhores resultados nesse confronto vieram da indústria em Pernambuco (12,3%) e no Rio de Janeiro (9,7%), enquanto os piores foram registrados em Minas Gerais (-6,3%) e Espírito Santo (-4,5%).
Os bons resultados frente a 2019 fazem a indústria baiana mostrar crescimento de produção de 5,8% no acumulado nos dois primeiros meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Trata-se de um desempenho bem acima da média nacional (-0,6%) e o quarto melhor dentre as 15 áreas investigadas.
Já nos 12 meses encerrados em fevereiro, a produção industrial da Bahia ainda acumula queda (-1,7%). O resultado está um pouco abaixo do verificado no Brasil como um todo (-1,2%) e se manteve estável em relação ao acumulado até janeiro (que também havia sido -1,7%).
Fabricação de derivados de petróleo e papel e celulose
O crescimento de 3,3% na produção industrial da Bahia, na comparação com fevereiro de 2019, foi resultado do desempenho positivo da indústria de transformação (3,9%). A indústria extrativa, por sua vez, teve queda de produção (-7,7%).
Das 11 atividades da indústria de transformação pesquisadas separadamente no estado, 5 apresentaram avanços de produção. De forma similar ao que já havia ocorrido em janeiro, o resultado positivo do setor de transformação seguiu concentrado e teve forte influência da fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (41,9%) e de celulose, papel e produtos de papel (27,2%).
O segmento de derivados de petróleo é o de maior peso na estrutura industrial da Bahia e teve, em fevereiro, seu sétimo resultado positivo consecutivo, mostrando ritmo crescente de aumento da produção. O desempenho do mês teve influência, sobretudo, da maior produção de óleos combustíveis, diesel e naftas para a petroquímica.
Já o segmento de papel e celulose teve o segundo avanço da produção depois de sete quedas seguidas. Ainda assim, mostrou desaceleração no ritmo de crescimento em relação a janeiro, quando havia registrado alta de 31,6%.
No outro extremo, dentre as cinco atividades com queda de produção em fevereiro, os principais impactos negativos para o desempenho geral da indústria na Bahia vieram da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,3%) e da metalurgia (-48,0%).
O recuo na indústria automobilística em fevereiro atingiu todos os produtos investigados e veio após uma alta em janeiro (de 8,6%). Já a metalurgia mostrou o sexto recuo consecutivo na produção.