De agosto para setembro, 803 mil pessoas deixaram o isolamento social na Bahia. A queda foi mais expressiva entre quem estava rigorosamente isolado, grupo que se reduziu em 19,2%, passando de 3,977 milhões para 3,214 milhões de pessoas (menos 763 mil em um mês). O número de pessoas que ficavam em casa e só saíam por necessidade também caiu, mas bem menos (-0,6%), de 6,436 milhões para 6,396 milhões de pessoas (menos 40 mil). Os dados são da edição mensal da PNAD Covid19, divulgada hoje (23) pelo IBGE.
Por outro lado, o grupo que flexibilizou o isolamento, ou seja, que tinha contato reduzido, mas saía de casa e encontrava pessoas, cresceu 17,7%, passando de 4,310 milhões em agosto para 5,071 milhões em setembro (mais 761 mil pessoas).
Já aqueles que não faziam nenhum restrição chegaram a 214 mil pessoas, frente a 151 mil em agosto, um aumento de 63 mil pessoas, que representou uma taxa de crescimento de 41,9%.
Assim, em setembro pouco mais de 1 em cada 3 pessoas na Bahia já não seguia o isolamento social (35,4% da população ou 5,285 milhões de pessoas), percentual que havia sido de 29,9% em agosto.
Apesar da flexibilização, a Bahia continuava entre os estados com maior proporção da população em algum nível de isolamento: 42,9% das pessoas só saíam de casa para necessidades básicas (4 em cada 10) e 21,5% afirmavam estar rigorosamente isoladas (1 em cada 5). Somados os dois grupos, chegava-se a pouco mais de 6 em cada 10 pessoas, 64,4% da população baiana, o segundo maior percentual entre os estados, abaixo apenas do verificado em Sergipe (65,2%).
No outro extremo, em setembro, os estados com menor adesão ao isolamento social eram Amazonas (42,9% da população), Pará (50,2%) e Santa Catarina (52,1%).
Atividades escolares
Entre agosto e setembro, na Bahia, o percentual de estudantes que não tiveram nenhuma atividade escolar disponibilizada praticamente não mudou e passou de terceiro a segundo maior do país.
Seis meses após o fechamento das escolas por causa da pandemia da Covid-19, 32,8% ou 1 em cada 3 pessoas que frequentavam escola no estado não teve nenhuma tarefa escolar, totalizando 1,2 milhão de estudantes nessa situação.
Nesse indicador, a Bahia só ficou melhor que o Pará, onde 45,4% dos estudantes não tiveram atividades escolares em setembro.
Em relação a agosto, quando 33,9% dos estudantes na Baia não tiveram atividades escolares, a situação pouco mudou. O número daqueles sem atividades se reduziu em apenas 37 mil pessoas.
No Brasil como um todo, 14,5% das pessoas que frequentavam escola não tiveram atividades disponibilizadas em setembro. Em Santa Catarina (3,7%), Paraná (4,0%) e Mato Grosso do Sul (5,0%) estavam os menores percentuais. Em 11 dos 27 estados, menos de 10% dos estudantes estavam nessa situação, e 15 unidades da Federação registraram percentuais abaixo da média nacional.
Na Bahia, não ter tarefas escolares era uma situação mais frequente entre os estudantes mais velhos (43,4% dos que tinham entre 17 e 29 anos de idade não tiveram tarefas disponíveis); no ensino médio (49,6% dos estudantes nesse nível não tiveram atividades); entre os estudantes pretos ou pardos (34,4% ficaram sem atividades); e entre aqueles na faixa de rendimento domiciliar per capita mais baixa (38,8% dos que tinham renda domiciliar per capita até 1/2 salário mínimo não tiveram atividades).